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Pressionado, Brasil desafia "novo rival" por sobrevivência de time ideal

9 jul 2011 - 07h34
(atualizado às 12h19)
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Fábio de Mello Castanho

Tarian Chaud

Criticado na estreia, Robinho precisa mostrar bom futebol contra Paraguai para seguir como titular
Criticado na estreia, Robinho precisa mostrar bom futebol contra Paraguai para seguir como titular
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Direto de Córdoba

Uma vitória neste sábado praticamente garante uma vaga nas quartas de final da Copa América. Mas qualquer resultado diferente no Estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, deixará o Brasil com risco real de vexame no primeiro torneio que marca a era Mano Menezes. Com esta pressão, a Seleção Brasileira enfrentará às 16h deste sábado um adversário que provoca muito mais temor do que a Venezuela, rival no empate por 0 a 0 na estreia da competição.

Das últimas nove partidas contra o Paraguai, a Seleção venceu quatro, perdeu quatro e empatou uma. Retrospecto que aumenta o grau de periculosidade do jogo que também marca a última chance para o time ideal do treinador. Em caso de nova decepção, Mano deve começar o confronto final da primeira fase com substituições em relação à equipe que iniciou o torneio.

Nos treinos da semana, o treinador testou Lucas no lugar de Robinho e Elano como substituto de Ramires, mas as opções devem ficam apenas para o segundo tempo. Assim, Ganso, Pato, Robinho e Neymar terão que corresponder à expectativa para que o quarteto que convenceu Mano com um bom futebol contra os Estados Unidos, em agosto do ano passado, seja mantido.

Robinho é o mais indicado para deixar o time. O jogador foi o primeiro a ser substituído contra a Venezuela e tem sofrido críticas pelo futebol abaixo de seu normal. Durante a semana, o camisa 7 não deu entrevistas e foi defendido por seus companheiros, mas terá de melhorar para continuar entre os titulares.

"Tenho falado com os jogadores que entendo que mereçam conversas particulares. Minha conversa tem sido muito mais coletiva porque gosto mais dela, é mais responsável, cria um entendimento para todos, no mesmo nível, para que todos saibam que vamos ser cobrados e elogiados. Os ajustes serão cobrados da mesma forma", disse o treinador.

Além do equilíbrio recente no confronto contra o Paraguai, os números recentes são preocupantes. O Brasil marcou apenas um gol nos últimos 300 minutos, enquanto os paraguaios não sofrem nenhum há cinco jogos. Fora isso, o Paraguai mantém a base da última Copa do Mundo, quando foi eliminado nas quartas de final na melhor participação da história do país.

"Da Seleção como um todo espero uma melhora, com a produção mais contínua", disse Mano, que ainda listou como erros do Brasil na estreia a afobação em finalizações, a fraca criação do meio-campo, a falta de objetividade e a necessidade de mais consciência tática.

Rival

Na Copa América, o Paraguai está na mesma situação do Brasil. Ficou no 0 a 0 com o Equador e um resultado que não seja a vitória pode significar quase o fim de linha para a seleção. Enrique Vera e Antolín Alcaraz serão as novidades nos lugares de Edgar Barreto e Iván Piris.

"Nós vamos fazer nosso jogo de sempre. O Brasil é uma equipe tecnicamente muito boa, mas vamos explorar nossas virtudes e aproveitar os erros que eles possam cometer", afirmou o atacante Roque Santa Cruz, um dos astros da equipe.

Brasil x Paraguai

Local: Estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba (Argentina)

Data: 9 de julho de 2011 (sábado)

Horário: 16h (de Brasília)

Árbitro: Wilmar Rodán (Colômbia)

Assistentes: Humberto Clavijo (Colômbia) e Francisco Mondria (Chile)

BRASIL: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Ganso; Robinho, Pato e Neymar.

Técnico: Mano Menezes

PARAGUAI: Villar; Verón, Da Silva, Alcaraz e Torres; Vera, Ortigoza, Riveros e Estigarribia; Santa Cruz e Barrios.

Técnico: Gerardo Martino

Fonte: Terra
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