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Primeiro classificado, Japão ainda tem muito a melhorar para Copa

5 jun 2013 - 09h40
(atualizado às 09h43)
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O Japão mais uma vez conseguiu uma classificação precoce nas eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo, mas o empate de 1 x 1 nesta terça-feira com a Austrália destacou duas áreas que ainda são motivos de preocupação, a 12 meses do Mundial no Brasil.

Apesar dos talentos criativos dos armadores Keisuke Honda e Shinji Kagawa - os jogadores de maior destaque no continente - os japoneses ainda sofrem para marcar gols.

Os campeões asiáticos dominaram a posse de bola contra a defensiva equipe australiana em Saitama, mas o atacante Ryoichi Maeda teve outra atuação fraca, e o reserva Mike Havenaar também causou pouco impacto nos minutos finais.

O atacante do Stuttgart Shinji Okazaki teve um desempenho decente, mas o treinador do Japão, o italiano Alberto Zaccheroni, certamente adoraria ter mais opções para finalizar com sucesso as várias chances criadas por Kagawa e Honda.

Zaccheroni convocou Masato Kudo, atacante de 23 anos que tem se destacado no Kashiwa Reysol, mas ele ainda não estreou. Essa possibilidade pode acontecer no último jogo do Japão, contra o Iraque em Doha, na terça-feira antes da viagem para o Brasil para a disputa da Copa das Confederações, na busca dos campeões asiáticos para acabar com a seca de gols em partidas recentes.

O Japão, que estreia no torneio contra o Brasil em 15 de junho, desperdiçou chances quando perdeu por 2 x 1 para a Jordânia em março e não conseguiu marcar em uma derrota em casa por 2 x 0 num amistoso diante da Bulgária na quinta-feira, após dominar o jogo.

A derrota no amistoso também contou com um erro terrível do goleiro Eiji Kawashima, e ele falhou novamente no gol da Austrália em Saitama.

O goleiro de 30 anos, talentoso embaixo do gol, não tem a mesma habilidade para lidar com os cruzamentos. Na terça-feira, ele não conseguiu cortar uma tentativa de Tommy Oar, que acabou no fundo das redes. Mas a sua força mental para se recuperar de tais erros o ajuda a manter o lugar no time.

Ele teve uma difícil Copa da Ásia em 2011 antes de se tornar o herói da final, frustrando os australianos em Doha, onde o Japão obteve uma vitória por 1 x 0 na prorrogação.

Um goleiro propenso a erros e falhas na finalização não são cenários ideais para Zaccheroni, mas o italiano está confiante de que seu time possa continuar a desenvolver um futebol atraente liderado por Honda e Kagawa, que lhes permitiu tornar-se a primeira seleção a se classificar para o Mundial do Brasil.

"Eu vim para o Japão para levá-los para a Copa do Mundo...Sinto-me aliviado por ter conseguido. Nós vamos melhorar ainda mais e surpreender o mundo", disse o italiano após o empate com a Austrália.

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