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Protesto no entorno do Maracanã tem confronto entre policiais e manifestantes

16 jun 2013 - 16h46
(atualizado às 16h48)
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A poucos minutos do duelo entre México e Itália pela Copa das Confederações, neste domingo, no Maracanã, policiais entraram em confronto com manifestantes que protestam no entorno do estádio contra o aumento do preço do transporte e se mostram insatisfeitos com a política do país.

Os agentes usaram spray de pimenta e fizeram disparos de balas de borracha para evitar que os cerca de mil manifestantes de aproximassem do estádio. Por volta de 15h30 (horário de Brasília), a entrada da estação de metrô de São Cristóvão se tornou uma verdadeira praça de guerra.

Nesse momento, o ato, que começara com concentração na avenida Radial Oeste, tentava ganhar o viaduto Oduvaldo Cozzi, um dos principais acessos ao estádio. "Não queremos nos aproximar do Maracanã, mas também não iremos atrapalhar o trânsito, já que as ruas estão fechadas", explicou o estudante de administração Cauê Maia, de 25 anos.

Quando tentaram entrar no viaduto, fechando a Avenida Radial Oeste, no sentido ao estádio, os manifestantes primeiro foram contidos por uma barreira de guardas municipais, policiais militares e agentes da Força Nacional de Segurança.

Diante de uma ordem do comando do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, inúmeras bombas de efeito moral começaram a ser lançadas contra o público, que iniciou um verdadeiro corre-corre, a partir da perseguição policial.

Em meio aos presentes no ato, se misturaram profissionais de imprensa e até torcedores que chegavam ao estádio. O fotógrafo Luiz Roberto Lima, da Agência Estado, foi atingido por gás-pimenta e acabou se intoxicando, como constatou a reportagem da Agência Efe. Ele foi atendido por um agente da Força Nacional de Segurança e passa bem.

Depois deste primeiro confronto, houve novos choques nas ruas do entorno da estação de São Cristóvão, inclusive nas proximidades do zoológico municipal.

O protesto, de acordo com os manifestantes foi comunicado ontem ao 4º Batalhão de Polícia Militar do estado, em São Cristóvão. Assinado e organizado por estudantes, a expectativa era reunir 3 mil pessoas. "Da Copa eu abro mão pela saúde e educação" era um dos lemas dos manifestantes.

EFE   
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