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Psicóloga pede mais autonomia a Neymar e sugere Robinho ao seu lado

18 jun 2015 - 18h32
(atualizado às 18h50)
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Mais autonomia, mais voz ativa, mas importância nas decisões táticas e técnicas do time. Neymar estaria precisando mudar de postura dentro da Seleção Brasileira e mudar seu patamar dentro do grupo. Tudo de acordo com Sônia Román, ex-psicóloga do craque, ainda nos tempos de Santos. À Gazeta Esportiva, a doutora sugeriu, inclusive, que o camisa 10 diga a Dunga que quer atuar ao lado de Robinho no comando ofensivo do time canarinho para se sentir mais à vontade.

"Ele está irritado, sente que precisa resolver, precisa fazer mais. Sozinho não vai conseguir. Precisa, literalmente, chamar na chincha. Não pode ser bobo do treinador. Já está na hora de parar com essa submissão ao técnico, ele não é cobrado como um jogador normal. O que o Robinho está fazendo no banco? Os dois juntos podem fazer mais, ele não pode ser o herói sozinho de uma seleção", analisou.

Sônia saiu logo em defesa de seu "bom menino", quando questionada sobre os excessos de Neymar na derrota brasileira para a Colômbia, na última quarta-feira. Ela acredita que o atacante precisa exigir mais de seus companheiros.

"Ninguém comete excessos à toa. Milhões de brasileiros em cima do menino não vai legar a lugar nenhum. Falta motivação aos outros dez, falta psicologia. Toda vez que ele é muito marcado, se irrita, não consegue resolver como sempre e se estressa. Talvez as questões da CBF extracampo estejam incomodando no ambiente", completou.

Neymar pai, por sua vez, não estaria deixando que os problemas na Justiça atrapalhem seu filho dentro de campo, segundo Sônia. A DIS, grupo de investidores que participou da venda do craque do Santos para o Barcelona, alega ter sido passada para trás na negociação e cobra cerca de 35 milhões de euros na Justiça espanhola.

"Não é isso, o pai dele sempre separou muito bem as coisas. E, se for, é perda de tempo, porque esse dinheiro ele consegue recuperar rápido em qualquer novo contrato. Seria apenas um tombo moral, mas ele não tem porque temer. Eu diria para eles pagarem, se devem, logo, deixar a verdade vir à tona. Tudo é passageiro", concluiu.

A Seleção Brasileira perdeu por 1 a 0 para a Colômbia na última quarta. Durante o jogo, Neymar recebeu cartão amarelo e, ao final, foi expulso pelo árbitro por ter chutado a bola em direção ao colombiano Armeno. O craque está temporariamente suspenso apenas do próximo jogo do Brasil, contra a Venezuela, mas ainda será julgado.

"Ver de fora é fácil, quero ver encarar lá dentro", terminou Sônia, justificando o destempero de Neymar após a apresentação ruim da equipe.

*Especial para a GE.Net

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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