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Rebaixado "2 vezes", Fellipe Bastos quer volta por cima como herói da Ponte

10 dez 2013 - 15h47
(atualizado às 16h28)
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Alvo de críticas da torcida do Vasco durante a maior parte de sua passagem pelo clube, iniciada em 2010, o volante Fellipe Bastos foi emprestado à Ponte Preta em setembro deste ano e fez parte da campanha do rebaixamento das duas equipes no Campeonato Brasileiro, mas pode dar a volta por cima com o título da Copa Sul-Americana.

Na Ponte, Fellipe Bastos não é perseguido pelos torcedores como acontecia na equipe carioca, com a qual ainda tem vínculo, mas também não chega a ser um queridinho.

Isso começou a mudar na última quarta-feira, quando ele marcou de falta o gol de empate com o Lanús em 1 a 1 no jogo de ida da final do torneio continental, no Estádio do Pacaembu. Nesta quarta, no Néstor Díaz Pérez, o jogador de 23 anos terá a oportunidade de cair nas graças dos fãs do clube de Campinas e entrar para a história com a conquista do primeiro grande título em 113 anos de fundação.

Fellipe Ramos Ignez Bastos, nascido em 1º de fevereiro de 1990 no Rio de Janeiro, já tem certa experiência, mas ainda está apenas no começo da carreira. O volante sempre foi visto como promessa, desde os 14 anos, quando jogava pelas categorias de base do Botafogo e era um dos grandes nomes da seleção brasileira sub-15.

Em 2007, viveu a primeira grande decepção da carreira. O jovem atleta foi titular e camisa 7 da seleção nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, em que a equipe da casa foi representada por jogadores sub-17 e foi eliminada ainda na primeira fase.

Antes mesmo de estrear pelo time profissional, o volante deixou o Bota rumo a Portugal, onde assinou contrato de três anos com o Benfica em 2008. A estreia demorou a acontecer, mas se deu em grande estilo: Fellipe marcou um belo gol com um chute forte de fora da área, que se tornou sua principal virtude, na vitória sobre o Belenenses por 3 a 1, pela última rodada do Campeonato Português 2008/2009.

O começo animador, no entanto, não teve sequência. O jogador foi emprestado para o próprio Belenenses e depois para o Servette, da Suíça, mas não se firmou em nenhum deles.

Surgiu então, em junho de 2010, a oportunidade para voltar a sua cidade natal e defender o Vasco. A primeira temporada na equipe carioca foi discreta, mas a segunda foi a melhor da carreira do jovem atleta até agora, ao menos em termos coletivos. O time cruzmaltino foi campeão da Copa do Brasil, vice brasileiro e semifinalista da Sul-Americana e, embora não fosse titular absoluto, Fellipe Bastos teve boa participação nas duas campanhas.

Ainda em 2011, por ser visto como uma promessa do futebol brasileiro, Fellipe Bastos participou do sorteio dos grupos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, realizado na Marina da Glória, no Rio. Ele foi o responsável por tirar as bolinhas da classificatória da Concacaf.

Embora não fosse unanimidade entre os torcedores, o volante agradava bastante à comissão técnica e à diretoria vascaína e foi contratado em definitivo junto ao Benfica em junho de 2012. Nesse ano, a participação no Brasileirão começou boa, mas o time passou por um desmanche e não teve forças para manter a pegada, terminando em quinto lugar.

O ano de 2013, pelo menos até agora, foi o pior da carreira de Fellipe Bastos. O jogador começou a temporada como titular, mas a campanha ruim do Vasco no Campeonato Carioca e no início da Série A coincidiram com o rendimento apenas regular do atleta, que foi perdendo espaço até ser emprestado para a Ponte.

Na Macaca, embora não tenha conseguido evitar o rebaixamento, o volante se tornou peça importante. Além de marcar forte e melhorar a saída de bola da equipe do técnico Jorginho, Fellipe se tornou o homem das bolas paradas. Foi em uma dessas jogadas, cobrando falta, que o meio-campista começou a escrever sua história no clube paulista, empatando a primeira partida da final

Se der espaço da intermediária de defesa para trás ou cometer falta nessa parte do campo no duelo desta quarta, o Lanús sabe que terá um bombardeio pela frente e verá suas chances de título diminuírem.

EFE   
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