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Retrancado no Chile, Brasil perde pela 1ª vez em estreia de Eliminatórias

8 out 2015 - 22h38
(atualizado às 22h54)
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Acuada diante do campeão da última Copa América, há três meses e meio, a seleção brasileira perdeu para o Chile por 2 a 0 nesta quinta-feira no Estádio Nacional, em Santiago, e estreou nas Eliminatória para a Copa do Mundo com derrota pela primeira vez na história.

A campeã continental não chegou a encantar, mas teve atuação segura e se aproveitou da postura defensiva do time pentacampeã mundial para levar a melhor. Vargas e Sánchez marcaram um gol cada e garantiram o triunfo.

O Brasil buscará a reabilitação na próxima terça-feira, quando jogará contra a Venezuela na Arena Castelão, em Fortaleza. Já o Chile buscará o segundo triunfo enfrentando a seleção peruana em Lima.

De quebra, a vitória valeu para que os chilenos ultrapassem os brasileiros no ranking da Fifa, algo que também nunca havia acontecido. Atualmente, 'La Roja' é nona, dois degraus abaixo do adversário.

Na equipe mandante, Jorge Sampaoli fez mistério ao longo da semana e chegou a declarar que os dois principais jogadores da equipe, o meia Arturo Vidal e o atacante Alexis Sánchez, eram dúvida. No entanto, os dois foram a campo, e o único desfalque foi o volante Charles Aránguiz, ex-Internacional, que está machucado e só voltará a jogar em 2016.

Três jogadores com conhecidos futebol brasileiro estiveram em campo pela campeã continental. O ala-esquerdo Beausejour, o atacante Vargas defenderam o Grêmio, e o meia Valdivia é ídolo do Palmeiras, embora atualmente esteja no Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e o zagueiro Vilches, do Atlético-PR, entrou nos instantes finais.

No Brasil, a principal ausência foi Neymar. O jovem craque ainda cumpre suspensão por ter se envolvido em confusão na derrota para a Colômbia, durante a Copa América. Já o meia Philippe Coutinho e o atacante Roberto Firmino se machucaram jogando pelo Liverpool.

O jogo foi truncado desde o começo, e as chances de gol eram raras. A primeira finalização de certo perigo aconteceu aos nove minutos de bola rolando, quando Hulk bateu falta de longe e mandou rente à trave esquerda.

Hulk era um dos poucos que conseguia arriscar, mas sempre de longe. Aos 18, o jogador do Zenit São Petersburgo ajeitou no meio para a perna esquerda e encobriu o alvo.

O jogo era morno, e embora tivesse mais a bola, o Brasil demonstrava pouca objetividade. Aos 25 minutos, Hulk brigou no corpo dentro da área, e a sobra ficou com Oscar, que encheu o pé perto do travessão.

Os dois técnicos mexeram nas equipes ainda antes do intervalo. O primeiro foi Dunga, aos 36, devido a uma lesão de David Luiz. Marquinhos foi quem entrou. Já Jorge Sampaoli fez uma alteração tática cinco minutos depois e abriu mão do esquema com três zagueiros colocando Mark González em lugar de Silva.

A partida enfim ganhou em emoção na parte final da primeira etapa, com o Chile mais solto. Em saída rápida para o ataque, González e Vidal trabalharam a jogada, Sánchez finalizou e carimbou a trave direita, aos 42.

Logo depois, aos 44 e aos 46, a seleção visitante respondeu por atacado, ambas as vezes com Hulk. Na primeira, o camisa 21 bateu forte de longe, e Bravo defendeu no susto. Na segunda, ele foi acionado na esquerda, e o arqueiro rival defendeu em dois tempos.

Na volta do vestiário, o Brasil incomodou logo aos dois minutos, em boa saída no contra-ataque. Willian acelerou para o meio e adiantou na esquerda para Oscar, que poderia ter chutado, mas preferiu procurar Hulk e foi travado.

O jogo era lá e cá, e o vencedor da Copa América acertou a trave mais uma vez, aos nove minutos. Na decida pela direita, Marquinhos cortou parcialmente, mas Isla soltou a bomba cruzada na sobra e por pouco não abriu o placar.

A equipe pentacampeã mundial até contra-atacava, mas poucos jogadores avançavam, e as opções eram poucas. Aos 15, Oscar desceu pelo meio e errou o passe. Aos 17, Marcelo puxou a equipe, e Douglas Costa inverteu até Willian, que ficou sozinho na ponta e foi bloqueado.

Com o passar do tempo, o Chile foi encurralando o Brasil no campo de defesa e sufocando. Aos 22 minutos, Matías Fernández, que substituiu Valdivia, tocou para Vidal, que abriu com González. O camisa 11 arrematou cruzado por baixo, a bola percorreu a pequena área e por centímetros Sánchez não completou.

O sufoco era cada vez maior, e aos 26 os chilenos se colocaram em vantagem. Fernández cobrou falta da direita, Vargas se antecipou à marcação na primeira trave e desviou de pé direito. Jefferson ainda tocou com o braço, mas não evitou o gol.

Atrás no placar, Dunga enfim mexeu na equipe ao trocar Hulk por Ricardo Oliveira. Logo em sua primeira aparição, aos, 32, o atleta do Santos quase escorou no cruzamento de Willian. Pouco depois, aos 33, ele tentou da esquerda da área e ficou com o escanteio.

Ricardo Oliveira pode ter pecado em outros fatores, mas não pela omissão. Aos 36 minutos, Marcelo passou de primeira para o centroavante, que, da meia-lua, concluiu para fora.

Dunga foi para o tudo ou nada, com Lucas Lima em lugar de Luiz Gustavo, enquanto o Chile voltou a ter três zagueiros com a entrada de Vilches. Os visitantes foram para o abafa, mas foi 'La Roja' quem marcou mais um, aos 44. Sánchez tabelou com Vidal e chutou duas vezes. Miranda salvou na primeira, mas o atleta do Arsenal selou a vitória na segunda.

Ficha técnica:.

Chile: Bravo; Silva (Mark González), Medel e Jara; Isla, Díaz (Vilches), Vidal, Valdivia (Fernández) e Beausejour; Sánchez e Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Brasil: Jefferson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz (Marquinhos) e Marcelo; Luiz Gustavo (Lucas Lima) e Elias; Oscar, Douglas Costa e Willian; Hulk (Ricardo Oliveira). Técnico: Dunga.

Árbitro: Roddy Zambrano (Equador), auxiliado pelos compatriotas Christian Lescano e Byrom Romero.

Cartões amarelos: Díaz (Chile); Luiz Gustavo (Brasil).

Gols: Vargas e Sánchez (Chile).

Estádio Nacional, em Santiago.

EFE   
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