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Ribéry e Cristiano Ronaldo tentam destronar Messi

12 jan 2014 - 14h20
(atualizado às 14h22)
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O líder da equipe mais vencedora de 2013, o francês Frank Ribery, o jogador mais destacado do momento, o português Cristiano Ronaldo, e aquele que há quatro anos é visto como melhor jogador do mundo, o argentino Lionel Messi: um deles receberá nesta segunda-feira o prêmio Bola de Ouro da Fifa.

A cerimônia de gala desta segunda-feira, em Zurique, revelará o rei do futebol no ano passado. São três a possibilidades: a manutenção de Messi no trono, o retorno de Cristiano ao topo, onde esteve em 2008, ou a coroação de Ribéry.

A cada ano, é mais longa a corrida na qual intervêm jogadores, torcedores e imprensa. Uma luta de interesses para assumir parte da identificação de um reconhecimento do qual tentam parecer alheios os próprios protagonistas, mas cujo ego é alimentado pelo troféu individual.

A falta de um critério claro marca a briga pela honraria. Em alguns anos, o premiado foi o jogador mais destacado do ano individualmente; em outros, o eleito foi o grande nome em meio a sucessos coletivos.

As primeiras discussões sobre o merecedor acontecem ainda no primeiro semestre. Uma grande competição, como a Copa do Mundo ou a Eurocopa costuma apontar candidatos iniciais. Depois o ritmo da corrida aumenta. Durante meses, e principalmente nas semanas imediatamente anteriores à entrega da Bola de Ouro, se multiplicam os argumentos a favor deste ou daquele atleta.

A edição atual ficou marcada por duas atitudes polêmicas: um palpite que chamou a atenção, o do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a inesperada ampliação do prazo para votar.

O líder da entidade máxima do futebol, em uma conferência, fez uma imitação de Cristiano Ronaldo, a quem ridicularizou para deixar clara sua preferência por Messi, e teve que lidar com um sem-fim de críticas.

A extensão do prazo para efetuar os votos foi outra controvérsia, entendida como uma corrente a favor do português, já que CR7 vivia seu melhor momento e foi fundamental para a classificação de sua seleção para a Copa de 2014.

De toda forma, há prós e contras para justificar ou derrubar os méritos de qualquer um dos três candidatos. Ribéry ganhou quase tudo pelo Bayern. Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões, Supercopa da Europa e Mundial de Clubes. Faltou apenas a Supercopa da Alemanha.

O meia foi o grande jogador da equipe bávara e, de quebra, liderou a França na suada classificação para o Mundial no Brasil. O bom desempenho no primeiro semestre rendeu a ele o prêmio de melhor jogador da Uefa, à frente de Messi e Cristiano.

O argentino, por sua vez, fechou a temporada com o título do Campeonato Espanhol e a coroação como artilheiro da temporada na Espanha. Igualmente, foi determinante para a Argentina, a qual levou à Copa. No entanto, as lesões limitaram o atacante, que pouco foi visto no segundo semestre.

Os gols mantiveram Cristiano Ronaldo em destaque em uma temporada sem títulos. O vice-artilheiro do último Espanhol explodiu na segunda metade de 2013. Estará presente na cerimônia da Fifa como grande goleador do ano tanto na Liga dos Campeões quanto no campeonato nacional.

E, mais importante que isso, o camisa 7 classificou Portugal para o Mundial dando show nas Eliminatórias, principalmente na repescagem contra a Suécia, em que marcou quatro gols em duas partidas.

Zurique será uma vitrine de estrelas do futebol mundial. A Bola de Ouro será a última de uma série de honrarias que serão entregues nesta segunda.

Também será apontada a melhor jogadora, numa disputa em que a brasileira Marta, eleita cinco vezes, concorre com a americana Abby Wambach, escolhida no ano passado, e com a alemã Nadine Angerer.

Entre os finalistas do prêmio de melhor técnico entre equipes masculinas, há dois aposentados, Alex Ferguson, ex-Manchester United, e Jupp Heynckes, que dirigiu o Bayern de Munique no primeiro semestre. O outro concorrente é Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund.

Quanto às equipes femininas, Pia Sundhage, dos Estados Unidos, defende o título contra Silvia Neid, da Alemanha, vencedora em 2010, e Ralf Kellermann, do Wolfsburg.

No Prêmio Puskás, de gol mais bonito, Neymar concorre mais uma vez. Eleito em 2011 e terceiro colocado em 2012, o jovem craque concorre, com o gol marcado pela seleção brasileira contra o Japão pela Copa das Confederações, com o sueco Zlatan Ibrahimovic e o sérvio Nemanja Matic.

A cerimônia de gala terá ainda a presença de artistas internacionais renomados, como a italiana Laura Pausini, o inglês James Blunt e a escocesa Amy MacDonald.

A Copa do Mundo no Brasil será a referência e terá seu espaço no evento. Uma prévia do torneio e algumas lendas do futebol do país darão um toque diferente ao espetáculo, que contará com integrantes das cinco conquistas da seleção no Mundial: Pelé (1958, 1962 e 1970), Amarildo (1962), Carlos Alberto Torres (1970), Bebeto (1994), Cafu (1994 e 2002) e Ronaldo (1994 e 2002).

O país também terá a mestre de cerimônias, Fernanda Lima, que apresentará o prêmio ao lado do ídolo holandês Ruud Gullit.

EFE   
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