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Robben se redime e Bayern vence final alemã da Liga dos Campeões

25 mai 2013 - 18h55
(atualizado às 18h59)
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O Bayern conquistou o quinto título da sua história na Liga dos Campeões ao derrotar o Borussia Dortmund por 2 a 1, na final 100% alemã disputada neste sábado em Wembley, com uma grande atuação do holandês Arjen Robben, vilão da decisão no ano passado.

O croata Mario Mandzukic abriu o placar para o time bávaro aos 15 minutos da etapa final, Ilkay Gundogan deixou tudo igual aos 23, ao converter um pênalti cometido pelo brasileiro Dante, mas o holandês Arjen Robben anotou o gol da vitória dos bávaros aos 44.

Com o triunfo, o Bayern, que havia perdido duas finais nos últimos quatro anos, superou o trauma da final ano passado, quando perdeu nos pênaltis para o Chelsea jogando 'em casa' na Allianz-Arena de Munique.

O herói do jogo foi justamente Robben, que na ocasião foi muito criticado por ter desperdiçado um pênalti na prorrogação diante dos 'Blues'.

"Este gol significa muito para mim, é inacreditável. É muita emoção, muita gente dizia que nunca poderia marcar um gol numa final, estou tão feliz com este desfecho", comemorou o holandês.

O clube bávaro equilibra seu retrospecto em finais da 'Champions', somando cinco vitórias 1974,1975, 1976 e 2001 e 2013) e amargando cinco vice-campeonatos (1982, 1987, 1999, 2010 e 2012).

O Bayern ainda pode conquistar a inédita tríplice coroa, já que disputa a final da Copa da Alemanha diante do Stuttgart no próximo sábado.

A vitória em Wembley coroa o trabalho do técnico Jupp Heynckes, que será substituído pelo espanhol Josep Guardiola na próxima temporada.

Já o Borussia perdeu a oportunidade de levantar o troféu pela segunda vez em sua história após a edição de 1997.

"Depois da partida, falei aos jogadores que teremos outra chance de conquistar o título. Em 2015, a final será em Berlim, seria um ótimo momento. O Bayern está de parabéns, mereceu a vitória", comentou o técnico do Borussia, Jurgen Klopp, depois da partida.

O Bayern não foi tão arrasador quando nas semifinais, quando impressionou a todos ao atropelar o Barcelona por 7 a 0 no placar agregado (4 a 0 em Munique e 3 a 0 no Camp Nou), mas mesmo assim mostrou toda sua competência para superar o adversário contra o qual tinha amargado dois vice-campeonatos na temporada passada (na Bundesliga e na Copa da Alemanha).

Antes do início da disputa com a bola no pé, Wembley viveu um clima de batalha medieval, com 'guerreiros' usando as cores dos dois times numa coreografia que esquentou ainda mais o clima da decisão.

As duas torcidas ficaram empolgadas, principalmente a do Borussia, que reproduziu em Londres a famosa 'muralha amarela' que costuma assustar os adversários no Signal Iduna Park de Dortmund.

A chanceler alemã, Angela Merkel, estava presente no estádio e assistiu à partida ao lado do presidente da Uefa, o ex-craque francês Michel Platini, que entregou a 'taça orelhuda' ao capitão do Bayern, Philip Lahm.

O Borussia começou melhor, trocando passes com velocidade e pressionando muito bem a saída de bola adversária.

O polonês Robert Lewandowski teve a primeira chance clara da equipe de Dortmund, aos 13 minutos de jogo. O camisa 9 recebeu a bola na direita e soltou uma bomba de fora da área que Neuer espalmou para escanteio.

Dois minutos depois foi a vez do também polonês Blaszczykowski. Em outra boa jogada que começou do lado direito, 'Kuba' apareceu livre na pequena área e chutou rasteiro, mas o goleiro do Bayern salvou sua equipe ao defender com o pé.

Só deu Borussia nos primeiros 25 minutos de partida. Aos 19, o perigo veio da esquerda. Reus ganhou de Boateng na velocidade e arriscou de longa distância para outra boa defesa de Neuer.

O Bayern acordou para o jogo aos 26, com ótimo cabeceio de Mandzukic que Weidenfeller espalmou de fora espetacular.

O time bávaro cresceu no final da primeira etapa e Robben desperdiçou três chances claras de abrir o placar.

Aos 30, o holandês arrancou pela esquerda e perdeu seu duelo cara a cara com Weidenfeller.

Aos 37, deu um drible desconcertante em Subotic, mas não conseguiu finalizar para o gol. Ele teve outra grande chance aos 41, quando aproveitou uma falha infantil de Hummels, ficou com a sobra perto da pequena área, mas chutou em cima do goleiro.

Com esses gols perdidos, Robben chegou a alimentar ainda mais sua fama de 'amarelão' em jogos decisivos, algo que mudaria no segundo tempo.

Aos 15, depois de uma linda tabela entre Robben e Ribéry, o holandês cruzou rasteiro e Mandzukic só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol vazio.

O Borussia empatou aos 23, quando o árbitro apitou um pênalti após Dante acertar o peito de Reus ao levantar o pé alto na área. Gundogan cobrou com perfeição, deixando tudo igual no marcador.

O técnico Jurgen Klopp chegou a reclamar da arbitragem ao alegar que o brasileiro merecia ser expulso por já ter recebido um cartão amarelo no primeiro tempo.

"Quando vi o lance do pênalti, pensei que juiz pudesse dar um segundo amarelo. Não sei o que teria acontecido se jogássemos os minutos finais com uma mais em campo", lamentou o treinador.

O Bayern não se abalou e quase fez 2 a 1 três minutos depois. Muller arrancou na direita, driblou Weidenfeller, e chutou para o gol vazio, mas Subotic foi heroico ao tirar a bola de carrinho em cima da linha, chegando à frente de Robben, que se preparava para empurrar a bola para as redes.

O goleiro do Borussia salvou seu time aos 30 e aos 40 ao defender chutes de longa distância de Alaba e Schweinsteiger, mas nada pôde fazer quando Robben fez o gol do tão esperado título bávaro aos 44.

Enquanto o jogo se encaminhava para a prorrogação, o holandês invadiu a área após receber um passe de calcanhar de Ribéry, deu um lindo drible em Weidenfeller e tocou para o gol vazio, levando ao delírio a torcida do Bayern.

O brasileiro Luiz Gustavo, que assim como Dante foi convocado para disputar a Copa das Confederações, entrou nos acréscimos no lugar de Ribéry só para sentir o gostinho da vitória.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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