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Saída de Blatter leva a pedidos por recomeço para a Fifa

3 jun 2015 - 09h11
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A surpreendente renúncia de Joseph Blatter da presidência da Fifa horas antes da revelação de que está sendo investigado por autoridades dos Estados Unidos desencadeou pedidos de reformas estruturais na entidade nesta quarta-feira.

Presidente da Fifa, Joseph Blatter, após entrevista coletiva na sede da entidade. 02/06/2015
Presidente da Fifa, Joseph Blatter, após entrevista coletiva na sede da entidade. 02/06/2015
Foto: Ruben Sprich / Reuters

O suíço, que comandou a Fifa durante 17 anos, está sob a mira de promotores norte-americanos e do FBI, disse uma fonte à Reuters na noite de terça-feira sob condição de anonimato. Um porta-voz do FBI não quis comentar. A Fifa não respondeu a um pedido de comentário sobre a investigação de seu presidente.

Blatter, de 79 anos, anunciou a decisão de entregar o cargo em uma entrevista coletiva em Zurique na terça-feira, seis dias depois de a polícia fazer uma operação em um hotel da cidade e prender sete dirigentes da Fifa –entre eles o brasileiro e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin– e quatro dias depois de ele ser reeleito para um quinto mandato à frente da organização.

"Além dessas pessoas, devem ser realizadas reformas estruturais", disse o secretário de Esportes francês, Thierry Braillard. No Brasil, o ex-jogador e atual senador Romário disse que a renúncia de Blatter é "uma ótima oportunidade de fazer uma limpeza efetiva no futebol em todo o mundo."

Blatter declarou que uma eleição para selecionar um novo presidente será realizada assim que possível, embora um funcionário da Fifa tenha dito que provavelmente não ocorrerá pelo menos até dezembro. Blatter irá permanecer na função até a escolha de um sucessor. Sua filha, Corinne Blatter-Andenmatten, disse a um jornal suíço que a decisão do pai "não tem nada, absolutamente nada a ver com as alegações circulando”, afirmou ao diário Blick.e

A Fifa foi surpreendida na semana passada pelo anúncio de uma investigação dos EUA sobre supostos delitos financeiros generalizados que vêm acontecendo há mais de duas décadas. As autoridades suíças também iniciaram seu próprio inquérito criminal sobre a concessão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar respectivamente.

(Por Ian Geoghegan)

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