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Saída de Mancini aquece mercado europeu de treinadores

14 mai 2013 - 20h19
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A demissão de Roberto Mancini do Manchester City, na última segunda-feira, animou ainda mais o mercado de treinadores, no qual se espera uma dança de cadeiras nos grandes clubes europeus.

A dança começou em janeiro na Alemanha, quando o Bayern de Munique anunciou que o ex-treinador do Barcelona, Pep Guardiola, substituiria o alemão Jupp Heynckes, que briga ainda por uma tríplice coroa (Champions-Bundesliga-Copa da Alemanha) inédita para o clube bávaro.

No dia seguinte à decisão bombástica do lendário Alex Ferguson, que escolheu a aposentadoria após 26 anos de ótimos serviços prestados ao Manchester United, o clube inglês não demorou para anunciar David Moyes, ex-Everton, como novo treinador.

O Manchester City, por sua vez, cortou relações segunda-feira à noite com Mancini após a primeira temporada insatisfatória do italiano, que conquistou o título inglês com os "Citizens" depois de 44 anos de jejum.

O chileno Manuel Pellegrini, do Málaga, é dado como o favorito para assumir o cargo mas já desmentiu qualquer acordo com o clube inglês.

Mancini, porém, não deve ficar desempregado por muito tempo. Ele vem sendo cogitado para o lugar do compatriota Carlo Ancelotti caso este assuma o Real Madrid.

De acordo com o jornal espanhol AS e apesar do título de campeão francês conquistado no último domingo, Ancelotti parece ter decidido sair do PSG e deverá anunciar a decisão na quarta-feira ao presidente do clube parisiense, Nasser al-Khelaifi.

Se a saída de Ancelotti se confirmar, além de Mancini, o nome de Arsène Wenger circula na mídia francesa como um possível substituto para assumir o comando da equipe da capital. Wenger, porém, não parece convencido. "Sempre respeitei meus contratos e não vejo motivo para mudar agora", afirmou o técnico francês do Arsenal, clube com o qual tem vínculo até 2014.

Já em Madri, o português José Mourinho parece mesmo de saída do Real. Ele falhou no objetivo de vencer a décima Liga dos Campeões do clube espanhol além de entrar em conflito com alguns jogadores, como o goleiro Casillas.

"É claro que gosto de estar onde as pessoas gostam de mim. Na Inglaterra, é assim. Aqui na Espanha, nem tanto", declarou Mourinho, que teve durante toda a temporada o nome cogitado para voltar ao Chelsea, clube que dirigiu entre 2004 e 2007.

O "timing" parece encaixar. Rafael Benítez, técnico interino dos Blues, tem contrato somente até o fim desta temporada.

O Barcelona garante que Tito Vilanova continuará à frente da equipe. O assunto é delicado, com o treinador tendo que se ausentar durante três meses em função da volta de um câncer. Mesmo com a conquista da Liga Espanhola, as humilhantes derrotas na semifinal da Liga dos Campeões para o Bayern de Munique (7-1 no placar agregado) podem pesar.

Na Itália, o técnico mais cobiçado é Walter Mazzarri, que conquistou o segundo lugar no Calcio e uma vaga na "Champions" da próxima temporada. Mazzarri é disputado pela Roma e Internazionale. Andrea Stramaccioni, treinador da Inter, terá dificuldades de se manter no cargo após temporada medíocre.

No resto do país, nada deve mudar. A campanha campeã da Juventus dá folego a Antonio Conte enquanto o Milan de Massimiliano Allegri, que sofreu com as saídas de Thiago Silva e Ibrahimovic, fez boa temporada e garantiu participação na Liga dos Campeões de 2013/2014.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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