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Copa da Rússia

Sede da Copa de 2018, Rússia acumula racismo e preocupa Fifa

2 mar 2015 - 09h11
(atualizado às 09h57)
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Ainda que lamentáveis, os incidentes de discriminação racial na Europa não têm sido novidade, mas o número de injúrias na Rússia preocupa a Fifa. Segundo ONGs do Velho Continente, o futebol do próximo país-sede da Copa do Mundo foi manchado por mais de 200 casos de racismo nas duas últimas temporadas.

As estatísticas são da rede Fare, que combate o racismo no futebol do Velho Continente, e da Sova Center, uma organização não-governamental, baseada em Moscou, que pesquisa casos de nacionalismo e racismo.

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Vista geral do Estádio Luzhniki, que está em construção em Moscou, na Rússia, e será usado na Copa do Mundo de 2018
Foto: Maxim Zmeyev / Reuters

O estudo foi feito entre maio de 2012 e maio de 2014 e publicado na última sexta-feira. "Os números revelam a imagem horrível de um campeonato nacional que é cheio de aspectos racistas e xenofóbicos", lamenta à AP o diretor-executivo da Fare, Piara Powar.

A frequência de incidentes deste tipo no futebol russo preocupa o presidente da Fifa, Joseph Blatter. "Ficamos assustados com as informações. Sem dúvida estamos preocupados, definitivamente", admite o mandatário, que está à frente da entidade máxima do futebol desde 1998.

Blatter chegou a pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que combatesse o racismo no futebol russo. Mas a discriminação é parte de uma cultura com traços xenófobos recorrentes. O brasileiro Hulk, por exemplo, foi perseguido por torcedores russos quando contratado em 2012 pelo Zenit, seu atual clube. No último mês de outubro, o CSKA Moscou foi punido por cânticos racistas de sua torcida e mandou jogos da Liga dos Campeões da Europa de portões fechados.

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