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Sem indícios de corrupção, juiz da Fifa aprova Mundiais de 2018 e 2022

13 nov 2014 - 09h26
(atualizado às 09h42)
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As Copas do Mundo de 2018 e 2022 na Rússia e no Catar receberam sinal verde nesta quinta-feira, quando o comitê de ética da Fifa declarou não ter encontrado razões para repetir o polêmico processo de seleção das sedes para o mundial de futebol.

Instalação de luz reproduz logotipo da Copa de 2018 no prédio do Teatro Bolshoi em Moscou. 28/10/2014
Instalação de luz reproduz logotipo da Copa de 2018 no prédio do Teatro Bolshoi em Moscou. 28/10/2014
Foto: Maxim Shemetov / Reuters

Em um relatório ansiosamente esperado, o comitê afirmou que “os vários incidentes que podem ter ocorrido não servem para comprometer a integridade do processo de candidatura das Copas do Mundo de 2018 e 2022 como um todo”.

O documento criticou a candidatura da Inglaterra para o torneio de 2018 por se curvar a “pedidos indevidos” do ex-presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), Jack Warner, poderoso dirigente da Fifa à época, no que disse ter sido “uma aparente violação das regras de candidatura”.

O relatório ainda afirmou que na proposta da Austrália para 2022 “há certos indícios de conduta potencialmente problemática de indivíduos específicos à luz de normas éticas relevantes da Fifa”.

“As ocorrências em questão foram... somente de alcance muito limitado”, acrescentou o documento.

“Em especial, os efeitos destas ocorrências no processo seletivo como um todo ficaram longe de alcançar qualquer limite que exigiria retomar o processo seletivo, muito menos repeti-lo – decisão que, de qualquer maneira, não seria da competência do Comitê de Ética da Fifa”, informou.

“Assim sendo, a avaliação do processo seletivo das Copas do Mundo de 2018 e 2022 da Fifa está encerrada para o Comitê de Ética da Fifa”.

Entretanto, o relatório disse que o investigador de ética da entidade, Michael Garcia, pretende iniciar investigações formais contra determinados indivíduos, que não foram nomeados.

DENÚNCIAS

A Fifa e os organizadores do Mundial do Catar vêm refutando alegações de corrupção desde que o país do Golfo Pérsico conquistou o direito de sediar o evento de 2022. Negando reiteradamente as acusações, o Catar também foi criticado pela maneira como trata os migrantes que atuam como operários no ramo da construção.

O torneio de 2018 foi concedido à Rússia no mesmo processo seletivo, concluído em dezembro de 2010.

O relatório afirmou não ter conseguido encontrar qualquer prova de má conduta em relação à candidatura russa, embora tenha acrescentado que nem todos os documentos estavam disponíveis durante a investigação.

"O Comitê de Seleção da Rússia 2018 só disponibilizou uma quantidade limitada de documentos para análise.”

Boa parte do relatório tem um tom burocrático e se dedica a explicar os meandros do processo seletivo da Fifa e as diretrizes éticas da Fifa, e conclui que “a linha que separa a conduta de uma candidatura... da conduta imprópria é muito tênue. Nem sempre fica claro em que momento o lobby deve ser considerado conduta imprópria, por exemplo”.

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