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Sem o Engenhão, Moça Bonita pode virar alternativa para o Brasileiro

20 abr 2013 - 11h16
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Com a interdição do Engenhão, o Rio de Janeiro aprendeu a conviver sem um grande palco para os jogos do Campeonato Carioca. Locais que antes eram alternativas viraram opções viáveis e Moça Bonita, que é administrado pelo Bangu, ganhou força. Desta maneira, o acanhado estádio recebeu até o momento 20 jogos da competição, sendo dez deles de times grandes. Agora a pergunta é: ele seria uma boa opção para os times cariocas no Brasileirão?

No que diz respeito ao gramado, é uma questão que já foi resolvida ao passar desta maratona de quatro meses. Vale lembrar que na segunda rodada da Taça Guanabara, quando o Botafogo foi jogar contra o Bangu, as críticas foram muitas. Depois disso, a situação se acertou e não houve mais polêmica. Outro time que também foi muito presente no local foi o Fluminense de Abel Braga, que garante não reclamar de nada:

- Sem estádio, todas as casas nós não temos. Então não podemos reclamar de nada. Tem um campo que eu critiquei muito ano passado, e só elogiei esse ano, que é o do Bangu. Só temos que agradecer ao pessoal que cuidou do gramado e da infraestrutura. Foi um grande trabalho.

Fluminense já atuou algumas vezes em Moça Bonita, neste ano (FOTO: Paulo Sérgio)

Fundado em 1947, Moça Bonita passou por algumas reformas e hoje é capaz de receber cerca de 10 mil pessoas. Desta maneira, o estádio ainda precisaria ter a sua capacidade expandida para receber um jogo de Campeonato Brasileiro. No regulamento da competição, apenas locais que comportem 15 mil pessoas são aceitáveis. E quem acha que uma partida importante do campeonato nacional não pode ser disputada em um estádio tão acanhado, se engana. Alguns clubes já se mobilizam para não ter de viajar à Volta Redonda no caso do Engenhão ficar interditado até o fim do ano.

- É preciso um estádio para 15 mil pessoas, disso não abrimos mão nunca. Porém, se a arquibancada for de concreto, tubular ou outro material, é indiferente. Desde que o Corpo de Bombeiros dê um laudo garantindo que não terá problemas, tudo bem – afirmou o diretor de competições da CBF, Virgílio Elísio, em conversa com a reportagem do LANCE!Net.

Seguindo a mesma lógica, o Corpo de Bombeiros explica quais são os laudos necessários para que um estádio seja considerado apto a receber um jogo do Brasileirão:

- A regularização de um estádio de futebol, passa pela emissão de um Laudo de Exigências, Certificado de Aprovação e Certificado de Registro, emitidos pelo Corpo de Bombeiros (CBMERJ). Todos os documentos são baseados em um projeto de segurança contra incêndio e pânico que deve ser apresentado pelo proprietário/construtor.

Mobilização geral

O LANCE!Net apurou que nenhum clube do Rio de Janeiro fez proposta formal para reformar Moça Bonita ou ajudar no custo de manuteção para mandar jogos no local. Porém, decisões serão tomadas de acordo com o laudo da prefeitura sobre a situação do Engenhão, que deve ser formalizada na próxima semana. Além da expansão da capacidade, é necessária uma troca total na iluminação do estádio, muito criticada quando os jogos terminam por volta das 18h.

- Não sei qual estádio é melhor para se jogar, hoje. Em Moça Bonita, tendo um campo bom, não vejo o menor problema. Mas não podemos escolher. Temos de nos adaptar enquanto a nossa casa estiver fechada - garantiu o zagueiro Bolívar.

Bolívar comemora gol contra o Friburguense, em Moça Bonita (FOTO: Paulo Sérgio)

Vale lembrar que outros estádios já foram opção em épocas complicadas. No caso do Botafogo, Caio Martins foi um dos palcos do Alvinegro até 2004. Outro local famoso foi a Arena Petrobras, na Ilha do Governador. O estádio da Portuguesa-RJ, que hoje é chamado de Luso-Brasileiro, foi a casa do Flamengo enquanto o Maracanã estava fechado para reformas visando os Jogos Pan-Americanos de 2007.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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