Sem primeiro volante de ofício, Elias e Renato dividem responsabilidade
Nada de brucutu. Com a ausência de Cáceres, que está a serviço da seleção paraguaia, o técnico Jorginho contrariou as expectativas e, nos treinamentos táticos, passou a esboçar o time titular do Flamengo muito diferente daquele que vinha sendo escalado por Dorival Júnior, sem um primeiro volante de origem.
Amaral, provável substituto do paraguaio, continua fora da equipe. Com a mudança no meio de campo, Renato entra no setor e, ao lado de Elias, deixa o time rubro-negro com uma proposta de jogo bem mais ofensiva, já que nenhum dos dois têm como principal característica o poder de marcação.
Para a entrada do Urubu-Rei, outro jogador teve de ser sacrificado. Ibson, que vinha crescendo de produção neste início de temporada, também perdeu a vaga de titular.
Em meio às alterações de jogadores, outro ponto mudado por Jorginho é o estilo de jogo do time. Antes era visivelmente focado em jogar nos contra-ataques. Agora, a equipe rubro-negra, com o novo técnico, passa a ter como prioridade a valorização da posse de bola, sem pressa para chegar ao gol do adversário.
Cobrada incessantemente por Jorginho desde que assumiu o comando do Rubro-Negro, a manutenção da posse de bola já passa a nortear o pensamento e o discurso dos jogadores do Flamengo.
Acho que essa nova formação valoriza a manutenção da bola. Temos mais um homem na frente, mas, ao mesmo tempo, dá mais responsabilidade aos pontas, que têm de voltar para marcar. Hoje, não temos mais um cara plantado na marcação e, por isso, precisamos correr mais e nos cobrar mais comentou Elias, que dividirá com Renato a função de marcar no meio.
O esquema citado pelo camisa 8 rubro-negro é o 4-2-3-1. À frente dos dois volantes, Rafinha e Nixon, que têm treinado como pontas, darão suporte ao setor defensivo da equipe. Com isso, Carlos Eduardo fica mais solto para poder armar o time ofensivamente.
