Sob suspeita, CBF se antecipa e apresenta contratos ao MPF
Sob suspeita, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) espontaneamente apresentou ao Ministério Público Federal (MPF), nesta quinta-feira, os contratos firmados em gestões anteriores a de Marco Polo Del Nero. A própria entidade divulgou a informação por meio do site oficial.
Como consequência de investigação realizada pela Justiça dos Estados Unidos, sete dirigentes ligados à Fifa foram presos na manhã da última quinta, na Suíça, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) do Mundial 2014.
A documentação foi protocolada e endereçada ao procurador chefe do MPF do Rio de Janeiro. "A CBF manifestou o apoio integral a toda e qualquer investigação e se colocou à inteira disposição para esclarecimentos adicionais que se façam necessários", diz a nota publicada pela entidade.
Marco Polo Del Nero, conduzido à presidência da CBF por Marin, estava hospedado no mesmo hotel em que os dirigentes foram presos, em Zurique. Na tarde desta quinta, ele resolveu retornar ao Brasil, abrindo mão de participar das eleições presidências da Fifa, previstas para sexta.
No Senado, deve ser oficializada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a CBF e o COL da Copa do Mundo 2014. A criação do grupo foi proposta por Romário (PSB), que já reuniu 53 assinaturas, superando o número mínimo de 27.
A CBF ainda será investigada por contratos de patrocínio firmados com a Nike e intermediados pela Traffic, empresa brasileira de marketing esportivo. As negociações foram realizadas por Ricardo Teixeira, antecessor de Marin, ainda não citado judicialmente.
Gazeta Esportiva
