Surpreendente! Tombense vence o Atlético-MG em pleno Independência
Enfraquecido por conta dos desfalques lesionados, o Atlético-MG deixou sua torcida irritada ao perder por 1 a 0 para o Tombense, na segeunda derrota que o time teve jogando no Novo Independência. Com a estreia da Libertadores batendo na porta, o time e Paulo Autuori mostrou um futebol muito fraco, assim como nos outros jogos. E Diego Tardelli ainda perdeu o pênalti que poderia amenizar a noite desastrosa do atual campeão continental.
O Tombense consegue um resultado histórico para o pequeno time do interior mineiro. Os gols foram e Junior Negão e Vander. O Galo não contou com Réver e Ronaldinho. O primeiro segue machucado e o craque da camisa 10 cumpriu suspensão pela expulsão no Mundial de Clubes.
VICTOR CAÇA BORBOLETAS
O Atlético-MG sentiu logo de cara que a noite seria de preocupações defensivas. Sem Réver e Emerson, lesionados, o jovem Jemerson foi escalado e fez uma jogada bizarra, trombando com o goleiro Victor. O Tombense não se intimidou em nenhum momento da partida e quase não teve trabalho para encarar o Galo.
A única jogada de perigo real do Alvinegro foi um chute bonito de Jô, após passe de Tardelli. Mas o atacante da Seleção Brasileira viu a bola ser desviada quase em cima da linha. O grande problema de Paulo Autuori era condensar o meio de campo. Fernandinho não sabia onde ficar, já que a ala esquerda já tinha o forte apoio do improvisado Dátolo. Tardelli pouco participou e Guilherme estava aéreo.
O ataque do time de Tombos explorava a lerdeza do combate do Galo. A desorganização tática do mandante proporcionava grande espaços para o time interiorano. Até que a distração de Victor deixou Junior Negão com a faca e o queijo na mão. O goleiro alvinegro saiu catando borboletas e o artilheiro da Tombense só encostou para o gol vazio.
ROCHA EXPULSO E PÊNALTI ERRADO
Para a etapa complementar, o jeito de Paulo Autuori foi colocar Neto Berola, que se destacou no jogo-treino diante do América-MG, na segunda-feira. Pouco efeito. O Tombense administrava o jogo e fechava os espaços para as contruções de jogadas do Galo. Pouca criatividade no Alvinegro e muita disposição para o Gavião-Carcará.
Com o tempo passando e quase zero de jogadas ofensivas significantes, o Atlético decidiu ir com tudo. Colocou Leonardo no lugar de Fernandinho e passou a jogar com dois atacantes. Pra piorar, Marcos Rocha foi expulso na metada do segundo tempo, deixando o Galo com um a menos e sem chance de substituir outro jogador.
Tendo apenas 10 homens em campo, o jeito foi esquecer um pouco a tática e ir na vontade. Mas a disposição esbarrava no bom planejamento tático do time de Moacyr Junior. Por conta da grande facilidade de Neto Berola em aproveitar a lei da gravidade, o Galo teve um pênalti a favor, mas Diego Tardelli cantou a pedra para o goleiro e jogou nas nuvens a chance do empate, aos 39 minutos do segundo tempo.
Para piorar, logo após Leonardo perder a chance de ainda empatar, Leonardo Silva e Jemerson correram a toa para tentar parar Vander, que, cara a cara com Victor, mostrou a frieza que faltou a Tardelli e aumentou o placar.
As dificuldades do Alvinegro no empate contra o Minas Boca e na vitória diante do Nacional - suada, diga-se de passagem - foi mais uma vez mostradas no Independência. Derrota concretizada, a segunda no Independência e a primeira com Autuori.
