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Timão deslancha no 2º tempo, vence Danubio e fica tranquilo no grupo da morte

17 mar 2015 - 22h11
(atualizado às 22h11)
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A atuação não foi tão boa quanto a das outras quatro partidas que o Corinthians havia disputado por esta edição da Taça Libertadores, mas os lampejos de bom futebol tidos no segundo tempo foram suficientes para a equipe paulista vencer o Danubio por 2 a 1 em Montevidéu nesta terça-feira e manter a liderança isolada do grupo 2, considerado o mais difícil antes de a competição começar.

Apático na primeira etapa, o Timão poderia ter desanimado na volta do vestiário devido a um pênalti perdido por Renato Augusto. Entretanto, o campeão continental de 2012 se manteve firme, melhorou a própria atuação e arrancou o triunfo no estádio Luis Franzini, com gols de Guerrero e Felipe. Barreto descontou nos acréscimos, já sem tempo suficiente para uma reação.

Com a vitória, o time do técnico Tite foi a nove pontos na chave, seis a mais que São Paulo e San Lorenzo, que medirão forças nesta quarta-feira no Morumbi. Já o Danubio ainda não pontuou e ficará muito perto do adeus caso não consiga dar o troco no Corinthians no próximo dia 1º, em Itaquera.

Tite teve apenas uma dúvida para escalar os titulares, no meio-campo. Renato Augusto se recuperou de lesão no tornozelo esquerdo, mas teve a presença entre os titulares confirmada apenas nesta terça-feira. No ataque, Guerrero voltou depois de ter cumprido três partidas de suspensão por ter sido expulso ainda na fase preliminar, contra o Once Caldas.

No Danubio, Leonardo Ramos teve um desfalque importante, o meio-campista Hamilton Pereira, que foi expulso na goleada sofrida para o São Paulo há pouco menos de duas semanas. Tabárez ficou com a vaga.

O Timão não conseguiu começar o jogo com a mesma intensidade demonstrada em seus outros compromissos pela Libertadores até agora, e foi a equipe da casa quem buscou mais o ataque nos primeiros minutos. Aos oito de bola rolando, Castro aproveitou cruzamento da esquerda e cabeceou firme. Bem colocado, o goleiro Cássio fez a defesa.

A válvula de escape dos visitantes, bem marcados, era o lado direito, pelo qual Fagner descia com algum perigo, embora não conseguisse um cruzamento que criasse perigo. Aos 15 minutos, o lateral buscou Guerrero, mas a zaga cortou. Cinco minutos depois, Emerson foi quem teve a chance, mas o chute cruzado foi facilmente defendido por Torgnascioli.

O primeiro tempo era morno, quase frio, já que o Corinthians não se encontrava na partida, enquanto o Danubio errava muito. A melhor chance da etapa, a favor do time paulista, aconteceu aos 27, ironicamente pela esquerda. Uendel, que era pouco acionado no ataque, foi lançado por Jadson e tentou por cima. A defesa cortou e, na sobra, Sheik tirou tinta da trave.

A jogada foi isolada, e o duelo voltou a perder em emoção. Aos 39 minutos, o clima até esquentou, mas por um erro da arbitragem. Elias tocou dentro da área para Guerrero, que armou o chute e foi puxado pelo ombro por Cristian González. Mesmo perto da disputa, o chileno Julio Bascuñán considerou que não houve a infração.

O Corinthians voltou mais aceso para o segundo tempo, mas o melhor que conseguiu foi uma cobrança de falta de Jadson pela direita. O meia serviu Emerson, que bateu travado. Aos 12, foi a vez de o camisa 20 arriscar de fora da área, mas a bola foi à direita do alvo.

Sumido na partida até então e abaixo do que rendeu em 2015 até agora, Elias enfim apareceu bem no ataque aos 16. Ele recebeu no meio, entrou na área e foi derrubado por Cristian González, sofrendo o pênalti. No entanto, Renato Augusto bateu muito mal, para o alto, e desperdiçou.

Curiosamente, Renato Augusto cobrou de uma maneira muito parecida às de Ömer Toprak e Stefan Kiessling, seus ex-companheiros no Bayer Leverkusen, em disputa contra o Atlético de Madrid, pela Liga dos Campeões. Os erros causaram a eliminação do antigo time do camisa 8 do Corinthians.

Mas o Timão não se deixou abater, e o erro do meia foi redimido aos 25 minutos por Guerrero. Fagner teve espaço pela direita e levantou na medida para o peruano, que se antecipou à marcação e encheu o pé para superar Torgnascioli.

O Danubio tentou o empate rápido, em chute de fora da área. Aos 28, Sosa levou perigo, mandando a centímetros do poste esquerdo. Depois disso, o campeão uruguaio esboçou um sufoco, explorando a principal debilidade do adversário, a bola alçada na área, mas não obteve sucesso.

E justamente em uma jogada aérea, e de um defensor, o Corinthians marcou o segundo, aos 34 minutos. Jadson levantou em cobrança de falta da esquerda, Felipe chegou antes da marcação na primeira trave e no cantinho direito.

O Danubio estava aparentemente entregue, mas Guerrero desperdiçou uma oportunidade que os próprios jogadores costumam dizer que não se pode desperdiçar na Libertadores. O centroavante disparou sozinho pela direita desde o meio de campo e invadiu a área, mas adiantou demais e deu um presente para o goleiro.

Os times pareciam já não ter pernas para atacar, mas a equipe anfitriã conseguiu ao menos diminuir a desvantagem, nos acréscimos, com um belo gol de Barreto. Aos 47, o meia-atacante, que entrara em lugar de Milesi, fez fila na defesa corintiana, passando por quatro, e tocou de bico na saída de Cássio.

Ficha técnica:.

Danubio: Torgnascioli; Velázquez (Graví), Cristian González, De Los Santos e Ricca; Formiliano, Milesi (Barreto), Sosa e Tabárez (Ignácio González); Castro e Fornaroli. Técnico: Leonardo Ramos.

Corinthians: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Ralf, Elias, Jadson e Renato Augusto (Danilo); Emerson e Guerrero. Técnico: Tite.

Árbitro: Julio Bascuñán (Chile), auxiliado pelos compatriotas Francisco Mondria e Claudio Ríos.

Cartões amarelos: Ricca e Graví (Danubio).

Gols: Barreto (Danubio); Guerrero e Felipe (Corinthians).

Estádio: Luis Franzini, em Montevidéu.

EFE   
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