Tirone: ' Se eu morrer pelo Palmeiras, pelo menos vai sair no jornal'

11 nov 2012 - 21h34

A situação do Palmeiras é desesperadora. Na 18ª colocação, a sete pontos do primeiro time fora da zona do rebaixamento e com apenas nove em disputa, a equipe chegou à 20ª derrota no Brasileirão, ao perder por 3 a 2 contra o Fluminense, e ficou ainda mais perto da Série B.

- É o momento de entender que os jogadores lutaram e não conseguiram. É uma fase ruim. A parte emocional está boa, mas tem a responsabilidade de ganhar - disse o presidente Arnaldo Tirone, tentando amenizar a situação.

O pânico que toma conta de alguns torcedores do Palmeiras, porém, já atinge o grupo de jogadores. Em Presidente Prudente, após o apito final do árbitro Leandro Pedro Vuaden, Maurício Ramos correu aos prantos para o vestiário. O zagueiro, que já havia falhado em dois gols no empate contra o Botafogo, na última semana, fez um gol contra diante do Fluminense, após Fred tentar cruzar a bola do segundo gol.

- A fase é dificílima, ruim. O quer que eu faça? Nossos jogadores estão se machucando. O que eu posso dizer é que se tivesse um vencedor seria o Palmeiras. O time lutou muito, foi guerreiro, mas a fase é ruim. Não acabou ainda, vamos lutar até o fim - disse o mandatário, confundindo o resultado final do jogo, já que o vencedor foi o Fluminense.

Presidente desde janeiro de 2011, Tirone foi campeão da Copa do Brasil em julho, mas agora pode ficar marcado na história como o responsável pelo segundo rebaixamento do clube. Questionado se trocaria o troféu pela vaga na Série A, negou:

- Trocar título não tem como. Foi destino de Deus. Não me arrependo de nada. Me arrependo de não ter feito um pouco mais. Tem coisas que não dá para explicar - disse, fazendo mistério.

Por fim, questionado se a proximidade com a queda o deixa com medo das ameaças de morte que recebeu no muro do Palestra Itália, Tirone deu de ombros:

- Todo mundo vai morrer. Se eu morrer pelo Palmeiras, pelo menos vai sair no jornal que o Tirone morreu - ironizou.