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Titular no meio, Rosana desponta como possível estrela do Brasil

29 jun 2011 - 08h40
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Dassler Marques
Direto de Mönchengladbach (Alemanha)

Ela corre por fora, é tímida e está sempre distante dos holofotes normalmente voltados para Marta e Cristiane. Rosana, na hierarquia da Seleção Brasileira feminina de futebol, costuma ser a terceira jogadora mais importante. Sem a meia armadora Gabriela Zanotti, cortada por lesão, é ela quem desponta como uma possível estrela da Copa do Mundo, realizada na Alemanha. O treinador Kleiton Lima não confirma oficialmente, mas deve ser de Rosana a função de armar o jogo na estreia desta quarta-feira, contra a Austrália, no Borussia Park em Mönchengladbach.

A nova função para Rosana seria um reconhecimento aos serviços prestados por ela até os dias de hoje. Meia esquerda nos clubes pelos quais passou, a jogadora nascida em São Paulo abdicou da possibilidade de ser protagonista e, na Seleção Brasileira, sempre foi lateral. Atualmente madura e perto de completar 29 anos, ela aguarda a confirmação de Kleiton a respeito do time que enfrenta as australianas às 13h (de Brasília).

"Essa é uma possibilidade, porque a Bia é a jogadora da posição, mais articuladora e elas revezaram, um pouco cada uma", argumenta o treinador da Seleção Brasileira. Atleta mais jovem do grupo, Beatriz treinou entre as reservas na atividade da última terça-feira. Com ela fora do time, Rosana seria a meia e Maurine ganharia espaço na lateral esquerda.

"Eu vou manter esses segredos para criar uma dificuldade para o adversário. Podemos começar de um jeito e mudar no intervalo. Nessa atividade coloquei umas, deixei outras de fora, porque é um treino aberto. Temos três variações e vou aguardar até o último momento para soltar a escalação", definiu Kleiton. Apesar do mistério, a tendência é que Maurine, mais experimentada, jogue na ala e deixe a armação com Rosana.

Jogadora eficiente e uma das principais armas do Brasil na bola parada, Rosana busca um papel mais decisivo na Seleção Brasileira ¿ esteve na Copa do Mundo de 2007 e também na Olimpíada 2008, mas não marcou gols apesar do bom desempenho. Na ocasião, como quase sempre, ocupava a lateral esquerda do time verde e amarelo.

Meia de ofício nos clubes pelos quais passou, Rosana foi testada poucas vezes como meia da Seleção, quase sempre pelos últimos treinadores, Jorge Barcellos e Renê Simões. Com a carência de jogadoras na ala esquerda, ela acabou se firmando como a camisa 6 do Brasil. Inscrita com esse número para a Copa, ela pode ter na equipe de Kleiton Lima um papel diferente, de camisa 10.

Não seria uma novidade na carreira dela. Na mais competitiva liga do futebol feminino no planeta, a WPS, dos Estados Unidos, Rosana foi campeã justamente como meia armadora. A serviço do Sky Blue FC, em 2009, se destacou com cinco gols em 15 jogos disputados pela equipe americana. Contra a Austrália, ela espera repetir esse desempenho.

"Acreditamos no talento brasileiro, junto com a tática e com a técnica", conta Rosana, que já enfrentou as australianas com o Brasil na Copa do Mundo de 2007, pela fase de quartas de final. "Minha última recordação é daquele 3 a 2 bem apertado. Saímos ganhando de 2 a 0 e elas empataram. Não tenho tantas informações do time atual, mas são jogadoras rápidas", resume a candidata a estrela do Mundial.

Apesar de ostentar o número 6, Rosana deve atuar como meia no Mundial
Apesar de ostentar o número 6, Rosana deve atuar como meia no Mundial
Foto: Getty Images
Fonte: Terra
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