PUBLICIDADE

Togo abandona Copa Africana; número de mortes pode chegar a 4

9 jan 2010 - 11h39
(atualizado às 23h45)
Compartilhar

Atacada na última sexta-feira pela Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), enquanto viajava de ônibus pela Angola, a seleção de futebol do Togo decidiu abandonar o país neste sábado e desistir da disputa da Copa Africana de Nações, que teria seu início no domingo.

» Veja imagens do atentado

» Togoleses apontam feridos e relatam atentado: "parecia guerra"

» Veja a tabela da Copa Africana

» África do Sul descarta temor de atentados aéreos na Copa

» Opine: quais serão os clubes mais prejudicados com a Copa Africana?

Embora outras seleções estejam avaliando a situação, por enquanto não há outro anúncio oficial de desistência. Uma delegação do Governo do Togo chegou hoje em Cabinda para avaliar a situação e se reuniu com os jogadores da seleção, os funcionários da Confederação Africana de Futebol e as autoridades angolanas.

O número de mortos na tragédia pode chegar a 4. Até o momento, são três mortes confirmadas: o assistente-técnico Abalo Amelete, o assessor de imprensa Stan Ocloo e o motorista que dirigia o ônibus.

A quarta vítima fatal seria o goleiro reserva Kodjovi Obilale, que atua no GSI Pontivy. Em entrevista a rádio francesa RMC, o atacante da seleção togolesa Jonathan Ayite afirmou que o arqueiro não resistiu aos ferimentos.

"Ele (Obilale) está morto e mesmo trazendo até o Obama (presidente dos Estados Unidos) aqui, nós vamos sair imediatamente, vamos voltar para casa. As seleções de Gana e Costa do Marfim estão solidários a nós", afirmou Ayite.

Porém, Philippe Le Mestre, presidente do clube francês, rebateu as informações de que Obilale estaria morto e afirmou estar em contato com família do jogador. "Estou em permanente contato com sua esposa", confirmou em comunicado divulgado no site oficial do GSI Pontivy.

Na última sexta-feira, o ônibus com a delegação de Togo era escoltado à cidade onde disputará a competição continental quando, na ligação entre as cidades de Chicamba e Liambo Liona, foi surpreendido. Sob tiros de metralhadoras, jogadores acabaram feridos e encaminhados a um hospital militar da região para um primeiro atendimento.

O ataque foi reivindicado pela Frente de Libertação de Cabinda (FLC). Este território angolês rico em petróleo situado entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Congo é assolado por um conflito separatista desde a independência da Angola, em 1975.

Apesar do incidente, a disputa da Copa Africana de Nações foi mantida, porém, agora sem a presença da seleção togolesa, que se encontrava no Grupo B do torneio, ao lado de Burkina Faso, Gana e Costa do Marfim. As partidas serão disputadas na região de Cabinda.

Com informações da EFE

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade