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Futebol Internacional

Torcedores de clube israelita são detidos por racismo

31 jan 2013 - 18h13
(atualizado às 20h00)
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A polícia deteve seis torcedores do Beitar Jerusalem, de Israel, por racismo e por incitarem a violência durante o jogo contra o Bnei Yehuda de Tel-Aviv, no último sábado.

"O último detido foi um jovem preso ontem e que será apresentado à corte nesta quinta, por fazer comentários racistas e incitar a violência", informou o porta-voz da Polícia israelense, Miki Rosenfeld.

No incidente, vários torcedores exibiram cartazes racistas, depois que o presidente do clube, Arkadi Gaidamak, anunciou a intenção de contratar dois jogadores muçulmanos, que assinarão contrato nesta sexta-feira.

"Beitar pura para sempre", dizia um cartaz, que provocou várias críticas de comentaristas esportivos e políticos. O Beitar, inclusive, contratou seguranças particulares para os dois jogadores, segundo a emissora de rádio israelense Kol Israel.

A Associação Israelense de Futebol multou a equipe em 50 mil shekels (R$ 26,8 mil) na quarta-feira pelo racismo de parte de sua torcida, além de ter que atuar nos próximos cinco jogos com portões fechados. No domingo, o presidente de Israel, Shimon Peres, pediu à entidade que tomasse medidas rápidas para dar fim à xenofobia nos estádios.

"O racismo atingiu o povo judeu mais forte que em qualquer outra nação no mundo. As autoridades devem impedi-lo antes que domine o local. Estou convencido de que todo o país está comovido por este episódio e nunca o aceitará", disse Peres em carta.

A ministra de Cultura e Esporte israelense, Limor Livnat, também condenou o fato ocorrido no estádio do Beitar e pediu a abertura de uma investigação. Já o presidente do Parlamento (Knesset), Reuven Rivlin, criticou: "os gritos a favor da pureza racial judia no Beitar são degradantes".

EFE   
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