Torcedores do Corinthians detidos na Bolívia têm prisão preventiva decretada
Os 12 torcedores do Corinthians presos há dois dias em Oruro, na Bolívia, tiveram sua prisão preventiva decretada nesta sexta-feira, pelo juiz de medidas cautelares Julio Guarachi, sob as acusações de responsabilidade ou cumplicidade na morte de um adolescente em partida da Taça Libertadores.
A ordem vale para dois acusados pelo homicídio do jovem Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, e para 10 acusados de cumplicidade, informou a promotora Abigail Saba.
Os brasileiros foram detidos na quarta-feira, ainda durante a partida contra o San José. Aos cinco minutos de jogo, na comemoração do gol marcado pelo atacante corintiano Paolo Guerrero, um sinalizador teria sido disparado na torcida do clube paulista e acertado Kelvin, que estava na torcida rival, no rosto.
O grupo de detidos contratou o advogado boliviano Jaime Flores, que ontem afirmou ter confiança de que o processo seria respondido em liberdade.
Kelvin, cuja morte tem provocado comoção na Bolívia, será enterrado amanhã, na cidade de Cochabamba, onde vivia.
O Corinthians foi punido devido ao incidente, nesta quinta-feira pela Conmebol. Até o fim das investigações sobre o caso, o atual campeão continental terá que jogar todas as suas partidas em São Paulo com portões fechados. Além disso, sua torcida não poderá entrar nos estádios nos quais o clube jogue como visitante.