PUBLICIDADE

Torcedores do Corinthians permanecem detidos por morte de jovem na Bolívia

21 fev 2013 - 17h10
(atualizado às 17h52)
Compartilhar

A polícia da Bolívia mantém detidos os 12 torcedores do Corinthians enquanto investiga se alguns deles foi o responsável por lançar um sinalizador durante a partida de quarta-feira contra o San José, que acabou com a morte de um torcedor de 14 anos.

O comandante de polícia do departamento de Oruro, coronel Carlos Quiroga, informou nesta quinta-feira aos meios de imprensa que os 12 brasileiros foram detidos no estádio Jesús Bermúdez, onde foi lançado um sinalizador que matou o jovem torcedor.

Quiroga disse que agora cabe à Promotoria de Oruro, cidade situada a 230 quilômetros ao sul de La Paz, definir a situação dos torcedores brasileiros que foram detidos na noite de ontem e cujas idades oscilam entre 18 e 35 anos.

A polícia estabeleceu que o adolescente Kevin Douglas Beltrán Espada, que chegou a Oruro desde a cidade de Cochabamba para ver o San José, morreu por conta de um sinalizador que atingiu o olho direito e a massa encefálica.

Beltrán, segundo os agentes que investigam o caso, morreu de forma imediata após o impacto do sinalizador lançado para celebrar o gol, aos 5 minutos, anotado pelo atacante peruano do Corinthians Paolo Guerrero na partida perante o San José, que terminou empatada por 1 a 1.

O presidente do San José, Freddy Fernández, declarou aos meios de imprensa que o projétil foi lançado pela torcida do Corinthians "com má fé" para atingir os torcedores adversários, por isso que pediu uma punição exemplar aos responsáveis pela morte.

Além disso, pediu garantias para jogar no próximo dia 10 de abril contra o Corinthians na partida de volta, que será disputada no Brasil.

O dirigente também considerou que o estádio Jesús Bermudez, situado a 3.702 metros de altitude, não pode ser castigado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) porque o San José não foi responsável pelo ocorrido.

O gerente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Alberto Lozada, declarou à rádio "Fides" que os erros sobre o controle de segurança no estádio ocasionaram um "prejuízo internacional" para a Bolívia.

"Não podem seguir existindo sinalizadores e fogos de artifício nos estádios, em nenhum palco esportivo, porque estes podem ser usados contra uma pessoa. Não estamos em guerra", disse Lozada.

O governador do departamento de Oruro, Santos Tito, declarou luto regional e lamentou a morte do jovem Beltrán.

EFE   
Compartilhar
Publicidade