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Torcida chega cedo ao Mineirão para evitar problemas com manifestação

26 jun 2013 - 13h37
(atualizado às 13h54)
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Com medo das manifestações em Belo Horizonte, torcedores chegaram cedo ao estádio do Mineirão para a partida do Brasil com o Uruguai, nesta quarta-feira, e evitar problemas no acesso ao local, onde o policiamento foi reforçado e lojas próximas usaram proteções para evitar depredação.

"Ficamos preocupados, por isso viemos mais cedo. O táxi não pôde passar, por causa da barreira policial", disse o engenheiro agrônomo José Ricardo Camargo, que viajou de Uberlândia com a mulher para assistir ao jogo de semifinal da Copa das Confederações.

A polícia reforçou a segurança em toda a cidade, com mais de 5.500 homens, e montou uma barreira a cerca de 1,5 quilômetro do estádio do Mineirão para não deixar manifestantes, reunidos no centro da cidade, passarem. A capital mineira tem registrado protestos com incidentes violentos e depredações, inclusive em áreas próximas ao estádio.

"É um policiamento robusto para garantir o direito à manifestação e garantir também o funcionamento e o acontecimento importante de hoje, que é o jogo do Brasil", afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, Márcio Sant‘Ana.

"Estamos prevendo que vai ser uma manifestação pacífica. Não queremos confronto com manifestante."

Manifestantes reuniram-se no centro de Belo Horizonte, que teve feriado decretado para o dia do jogo da seleção brasileira, e prometiam uma passeata pela cidade.

Também nesta quarta várias estradas do Estado de Minas Gerais foram fechadas por protestos, que começaram como um movimento contra o aumento da tarifa de ônibus nas principais cidades do país e rapidamente encamparam temas como o combate à corrupção e repúdio aos gastos do governo com a realização da Copa do Mundo de 2014.

As cidades-sede da Copa das Confederações foram alvos dos protestos. No sábado, houve um violento confronto entre polícia e manifestantes, e vários locais foram depredados em ruas próximas ao Mineirão. Para evitar novos prejuízos, lojas e concessionárias de carros montaram uma proteção extra em suas fachadas.

"Acho justa (a manifestação), desde que respeite o direito do próximo. Depredação, cerceamento de direito, aí já passa do limite", afirmou o engenheiro de produção Diego Francisco Reis, que parou o carro a cerca de 1 quilômetro e já estava entrando no estádio, quase quatro horas antes do jogo.

Os portões do Mineirão foram abertos às 12h, uma hora antes do que foi feito em outros jogos da Copa das Confederações, e os torcedores só reclamaram da falta de restaurantes próximos ao estádio. Os poucos que existem, segundo eles, estavam lotados, já que as pessoas anteciparam a chegada ao local.

"Tivemos medo de não chegar (ao estádio) e estamos com fome. Os restaurantes estão muito cheios", disse a professora Maria Celeste Melo, que estava com a filha.

(Com reportagem adicional de Reuters TV)

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