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Torcida do Zenit pede ao clube para não contratar gays, negros e latinos

17 dez 2012 - 17h58
(atualizado às 18h01)
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Torcedores do Zenit de São Petersburgo, da Rússia, causaram um grande escândalo nesta segunda-feira ao publicar um manifesto no qual pedem para que o clube deixe de contratar jogadores homosexuais, negros ou latino-americanos.

Esta polêmica surgiu em meio a uma onda de protestos de atletas russos do elenco contra o valor atronômico (60 milhões) desembolsado para a contratação do brasileiro Hulk, que chegou ao clube em setembro e foi o jogador mais caro da última janela de transferências do futebol europeu.

Apesar do conteúdo nitidamente racista e homofóbico do texto publicado no seu site, o grupo de torcedores 'Landskrona' fez questão de rejeitar qualquer acusação de racismo.

"Não somos racistas, mas para nós, a ausência de jogadores negro no Zenit faz parte de uma importante tradição, que marca a identidade do clube", disse o manifesto.

O texto ainda diz que o clube "nunca foi mentalmente relacionado com África, América do Sul, Austrália ou Oceania" e alega que o clube "está impondo jogadores negros no time praticamente à força".

A empresa semiestatal Gazprom, gigante mundial do mercado de gás natural e proprietária do Zenit, divulgou um comunicado para pedir mais tolerância ao seus torcedores e deixou claro que "a contratação dos jogadores não tem nada a ver com a nacionalidade ou a cor da pele".

"A luta contra qualquer forma de intolerância é um princípio de base para o desenvolvimento do clube, do futebol e do esporte no mundo todo", completou Gazprom.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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