PUBLICIDADE

Tumulto na festa do PSG gera críticas ao Governo francês

14 mai 2013 - 16h49
Compartilhar

Os atos de vandalismo ocorridos na noite desta segunda-feira durante a celebração do título francês do Paris Saint-Germain (PSG) deixaram suas marcas em alguns dos pontos turísticos da cidade mais visitada do mundo e provocaram hoje duras críticas à Polícia e ao Governo.

Entre 10 mil e 15 mil torcedores se reuniram na Praça do Trocadero, em frente à Torre Eiffel, para festejar o título francês, até que dezenas de torcedores radicais enfrentaram os agentes, arrancaram cercas e lançaram fogos de artifício.

Os policiais obrigaram os organizadores dos festejos a interromperem a celebração dos jogadores, entre eles os brasileiros Thiago Silva e Lucas, com a torcida. Também foi cancelada a "barqueata" que a equipe faria no rio Sena.

A imagem da equipe da moda na França, que voltou a conquistar o título francês após 19 anos de seca e alimenta o sonho de seus donos catarianos de transformar o clube em um dos maiores da Europa, foi manchada pela fumaça, os distúrbios e os atos de vandalismo.

As autoridades cancelaram a festa "por motivos de segurança", mas não conseguiram acalmar os ânimos dos torcedores radicais, que, após arrasarem a Praça do Trocadero, continuaram sua batalha campal nas ruas próximas.

Os torcedores causaram destruição em lojas, veículos e construções inclusive ao longo da Champs-Elysées, a avenida mais turística de Paris, deixando o saldo de 32 feridos, 39 detidos e muitos danos materiais.

A oposição criticou o Governo por não ter avaliado corretamente a amplitude da celebração e a possibilidade de os torcedores continuarem a violência da noite anterior, na qual os distúrbios deixaram 21 detidos.

"Houve um problema de competência na organização das forças de segurança. O mais exposto é o responsável da Polícia, a menos que o ministro considere que é sua responsabilidade e tire conclusões", disse na Assembleia Nacional o líder dos deputados conservadores da UMP, Christian Jacob.

O ministro do Interior, Manuel Valls, muito firme em questões de segurança, foi criticado primeiro por ter permitido a celebração em frente à Torre Eiffel, onde é complicado controlar os torcedores radicais, e, em segundo lugar, por não ter mobilizado a quantidade adequada de agentes.

"É preciso que haja punições exemplares", declarou Valls, que ressaltou que as forças de segurança "fizeram bem o seu trabalho" e reprovou a oposição conservadora que, segundo ele, tenta obter lucro político com os distúrbios.

O titular do Interior é uma das personalidades políticas mais bem vistas da França e seu nome soa como possível primeiro-ministro caso o presidente, François Hollande, promova uma remodelação do Governo.

EFE   
Compartilhar
Publicidade