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Valcke nega suborno a Warner e fraude na escolha das sedes de 2018 e 2022

10 jun 2015 - 09h14
(atualizado às 09h49)
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O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, voltou a negar nesta quarta-feira a existência de irregularidades no processo de escolha da Rússia e do Catar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022.

Valcke também reiterou que a entidade máxima do futebol não tem relação com o suborno de US$ 10 milhões recebido em 2008 pelo ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, em troca do seu apoio à África do Sul para organizar o Mundial de 2010.

"Minha equipe se encarregou do processo eleitoral para os Mundiais de 2018 e 2022. Seguimos todos os procedimentos vigentes. Não houve nada que pudesse afetar o resultado, nem violar as regras. A auditoria também chegou a essa conclusão", afirmou Valcke.

As declarações foram dadas na cidade de Samara, na Rússia, onde o dirigente francês participou de uma reunião do conselho do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018, segundo a agência oficial "RIA Novosti".

O ministro de Esportes da Rússia, Vitali Mutko, garantiu que o país atuou "dentro do regulamento existente" e destacou que se alguma irregularidade tivesse ocorrido ela já teria sido revelada.

"A única coisa que temo é que alguma mentira seja dita", afirmou, defendendo a transparência da candidatura russa e descartando a possibilidade de o país ficar sem organizar a Copa do Mundo.

Valcke também reiterou que a Fifa não tem envolvimento na denúncia de suborno a Warner, na época presidente da Concacaf, para apoiar a África do Sul como sede da Copa do Mundo de 2010.

"A Fifa não tem nada a ver com esse dinheiro. Esses US$ 10 milhões não estão relacionados com nenhuma violação, nem influíram sobre qualquer decisão da entidade", rebateu o secretário-geral da Fifa sobre a denúncia.

Há dez dias, o ex-presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo da África do Sul, Danny Jordaan, reconheceu que o órgão pagou US$ 10 milhões à Fifa, mas negou que o dinheiro era um suborno.

Segundo Jordaan, os recursos foram enviados à Concacaf para promover o desenvolvimento do futebol na região, fato contestado pela investigação promovida pelo FBI, que afirma que o dinheiro foi usado para subornar Warner.

O ex-presidente da Concacaf, de 72 anos e nascido em Trinidad e Tobago, está no centro do escândalo de corrupção da Fifa revelado pela Justiça dos Estados Unidos.

Ele se entregou à polícia de seu país logo após o início da crise e, após pagamento de fiança, espera em liberdade o processo de extradição aos EUA.

EFE   
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