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Valdivia desabafa e ironiza diretoria: papo é sempre igual

25 nov 2014 - 15h11
(atualizado às 17h34)
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Valdivia: "se cair, responsabilidade precisa ser de todos":

O meia Valdivia não poupou de críticas a direção do Palmeiras em entrevista coletiva na tarde desta terça, na Academia de Futebol. O chileno, que é o principal jogador da equipe que luta para não ser rebaixada para a Série B, ironizou as promessa dos dois candidatos à presidência do clube de montar uma equipe forte para o ano que vem.

"Pelo que o Paulo (Nobre) e o Pescarmona estão falando, querem formar um time forte em 2015. Mas todo ano o papo é o mesmo. Falam que vão montar um time forte, um time que vai disputar títulos, com jogadores fortes... Não é a questão de trazer Messi, Cristiano Ronaldo. Mas precisamos ter elenco. Não dá para um único jogador ter a responsabilidade", afirmou, referindo-se à expectativa que rescai sobre suas costas nesta reta final.

O jogador lamentou o fato de o time estar brigando contra o terceiro rebaixamento de sua história em vez de brigar pelo título e foi duro ao comentar o difícil momento do time alviverde.

"Título é muito importante, é o que mais interessa na carreira, é o que mais o torcedor gosta... Acredito que, pelo momento, deixar o Palmeiras na Série A será um fato muito importante para ser lembrado. Antigamente, você ganhava título e ficava na história. Agora, no Palmeiras, deixar o time na Série A é motivo para virar ídolo, é o que as pessoas têm falado", afirmou.

Incomodado com cobranças, Valdivia declarou que ganha menos do que muitos pensam e que sempre faz de tudo para estar em campo, lembrando todas as circunstâncias que o fizeram ficar fora de boa parte dos duelos do Palmeiras no Brasileiro.

"Não me sinto em dívida com o torcedor. Mas eu vim preparado para responder essa pergunta. O Palmeiras fez 36 partidas, joguei 16. Fiquei fora de 20, mas sete por lesão. Fiquei seis vezes fora por causa da seleção e cinco vezes fora por causa do tempo na negociação em que o Palmeiras me liberou. Ninguém pode colocar o dedo na minha cara e dizer que a culpa é minha", declarou.

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"Eu faço de tudo para ficar dentro de campo. Mas parece que só o Valdivia que precisa treinar e jogar, tudo isso porque falam sempre que eu sou bem pago. Falam que meu salário é de 500 mil e às vezes falam que 600 mil. E tem gente que fala ainda que o Nobre faz um esforço e me paga 700 mil. Peço para vocês investigarem quanto eu ganho. Não chega nem a 400 mil", acrescentou o atleta, que ainda completou: "sou bem pago, sim. Mas nada é de graça. Em 2006, meu salário era 30 mil. Nunca fiz um pedido de aumento salarial".

A relação de amor e ódio de Valdivia e Palmeiras ganhará mais um capítulo ao longo das duas semanas seguintes, quando o clube do Palestra Itália luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Ainda sem condições físicas de estar em campo, o camisa 10 promete tratamento intenso para enfrentar o Internacional, em Porto Alegre, na noite deste sábado.

"Vamos tratar na semana, a gente já começou, acredito que não foi nada demais, até agora não fizeram exame nenhum, mas senti um incômodo e espero que não seja muita coisa. E se não for contra Internacional, que seja contra o Atlético-PR", ponderou o meia chileno, já projetando a última rodada, quando o Palmeiras terá pela frente o time paranaense no Allianz Parque.

Fonte: com Gazeta Esportiva
Fonte: Lancepress! Lancepress!
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