Maior vitrine publicitária, comercial no Super Bowl custa US$3,5 mi
5 fev2012 - 09h38
(atualizado às 12h20)
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Mais de 100 milhões de pessoas atentas ao jogo e quatro horas de televisão com constantes interrupções. Assim é o Super Bowl, a final da Liga de Futebol Americano (NFL), uma perfeita vitrine publicitária onde um espaço de 30 segundos no ar custa US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 6,1 milhões).
Um desses anúncios pode envolver o público e levá-lo a falar sobre o assunto durante semanas, até meses, com um efeito correspondente sobre as vendas. Mas às vezes o investimento não é rentável.
"É uma grande aposta com um grande risco, embora sempre dependa do orçamento a ser tratado", disse Ana Matonte, diretora de publicidade da agência Arenas. "Investe-se uma quantia muito grande e nem sempre se recupera esse dinheiro. Mas é uma oportunidade única para expor o produto e colocá-lo na boca de todo o mundo", acrescentou.
Sua empresa administrou, no ano passado, a publicidade nos Estados Unidos da quarta edição do filme "Piratas do Caribe", que incluiu um anúncio no Super Bowl.
"Em geral são estreias exclusivas e todo mundo quer falar delas. Em muitos casos são o ponto de partida para muitas campanhas, e a resposta é significativa para o êxito final do produto", afirmou.
Nos Estados Unidos, quase ninguém tem escapatória. O evento televisivo do ano é ideal para reunir famílias, amigos e até os que não se interessam pelo esporte à frente da tv.
Há quem não se importe pelo jogo, mas goste do debate sobre qual é o melhor anúncio.
A edição de 2011, o 46ª Super Bowl, foi o programa mais visto da história no páis com uma audiência superior a 111 milhões de espectadores.
Ao longo do confronto deste domingo em Indianápolis, entre o New York Giants e o New England Patriots, serão vistos dezenas de anúncios de marcas de carros, bebidas, portais de internet e próximas estreias cinematográficas.
Além disso, o intervalo terá um show da cantora Madonna, que interpretará quatro músicas, na apresentação que contará com participações de Nicky Minaj e MIA.
Sem voltar muito no tempo, o grupo The Black Eyed Peas, que se apresentou durante o intervalo do Super Bowl de 2011, teve um aumento de 332% nas vendas da música "Where Is the Love" na semana posterior ao evento.
Os intervalos do jogo são marcados por performances históricas. Algumas por sua qualidade, como a de Michael Jackson em 1993, e outras pela polêmica que provocaram, como a de sua irmã Janet em 2004, quando mostrou um dos seios durante sua apresentação com Justin Timberlake.
Em 2004, Jannet Jackson protagonizou uma das cenas mais marcantes da história do Super Bowl. Já nos momentos finais de sua apresentação com Justin Timberlake, a cantora teve parte de seu traje puxado pelo colega e ficou com o seio à mostra, o que gerou uma repercussão única na história do evento; veja mais polêmicas:
Foto: Getty Images
Uma das principais cantoras da música pop nos últimos anos, Christina Aguilera foi convidada para cantar o hino dos Estados Unidos na abertura do Super Bowl XLV, disputado em Arlington. Porém, o que era para ser um espetáculo se transformou em um verdadeiro fiasco. Christina se perdeu durante o hino e errou parte da letra. Após a gafe, a artista tentou se justificar ao dizer que se entregou tanto ao momento que se perdeu na letra
Foto: Getty Images
Em 2010, o Super Bowl correu risco de ficar sem a atração principal do Halftime Show. Isso porque uma associação americana de defesa das crianças protestou contra a presença do The Who no evento, em especial o guitarrista Pete Townshend. Em 2003, o músico foi detido por possuir imagens pedófilas, mas não foi considerado culpado após dizer que se tratava de uma pesquisa para um livro sobre sua vida. Apesar da polêmica, o The Who se apresentou normalmente
Foto: Getty Images
Durante toda a semana que antecede o Super Bowl XLVI, New York Giants e New England Patriots foram totalmente cordiais e evitaram declarações de impacto. Porém, um e-mail da brasileira Gisele Bündchen pode colocar fogo na decisão. A top model, mulher do quarterback Tom Brady, enviou uma mensagem para amigos e familiares pedindo apoio para o marido. O e-mail foi parar na capa do New York Post. Com isso, a publicação pode inflamar os ânimos dos Giants
Foto: Getty Images
Herói do título dos Steelers sobre os Cardinals por 27 a 23, o wide receiver Santonio Holmes protagonizou uma situação polêmica em 2009. Na ocasião, ele comemorou o touchdown da vitória com uma imitação de LeBron James, que antes dos jogos passa talco nas mãos e atira para o alto. A comemoração de Holmes poderia ser considerada excessiva, o que renderia uma falta capaz de ter mudado o placar do jogo
Foto: Getty Images
O Halftime Show de 2012 também gerou polêmica. O cantor Elton John alfinetou Madonna, que será a responsável pela apresentação durante o intervalo da partida entre New England Patriots e New York Giants. De acordo com o britânico, a popstar fará playback no palco do Lucas Oil Stadium e disse que nunca viu um Halftime Show decente em sua vida
Foto: Getty Images
Uma das bandas mais consagradas e respeitadas do mundo, o Rolling Stones precisou alterar letras de duas músicas para se apresentar no Halftime Show. As canções "Start Me Up" e "Rough Justice" continham letras com conteúdo considerado impróprio pelos editores da ABC, responsável pela transmissão. A censura irritou o vocalista Mick Jagger, que disse: "Aqui vai uma que podemos apresentar no Super Bowl", antes de iniciar "Satisfaction"
Foto: Getty Images
Um dos atrativos do Super Bowl é a quantidade de comerciais que são transmitidos durante o intervalo. Porém, alguns causaram polêmicas nos últimos anos. Em 2011, a Doritos, uma das patrocinadoras do evento, teve dois comerciais banidos por conta de uma possível temática gay. Na primeira peça publicitária, um homem admira um pacote que está com um casal homossexual. Na segunda, dois homens estão em uma sauna e um deles tenta pegar um pacote que está perto das partes íntimas do outro
Foto: Getty Images
Quem também teve um comercial polêmico foi o Grupon. Na peça publicitária, o ator Timothy Hutton afirma que "as pessoas no Tibete estão com problemas, sua cultura está em risco", enquanto fotos da região são mostradas na tela. No decorrer do anúncio, porém, o espectador percebe que ele está, na verdade, promovendo um cupom do site para comer peixe com curry. O comercial gerou uma série de protestos por conta da "brincadeira de mau gosto"
Foto: Getty Images
O Super Bowl também é capaz de resolver polêmicas. Brigados desde o início dos anos 90, os apresentadores Oprah Winfrey e David Letterman aproveitaram a decisão de 2005 e acertaram as diferenças