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Terra na Copa

Em má fase, o 'velho guerreiro' Essien quer dar volta por cima na Copa

27 mai 2014 - 19h29
(atualizado em 31/5/2014 às 13h30)
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Aos 32 anos anos, o volante ganês Michael Essien, que já foi considerado um dos melhores do planeta na posição, viu a carreira entrar em declínio por conta de lesões, mas espera mostrar o brilho de outrora na Copa do Mundo no Brasil.

A maior frustração da carreira de Essien foi justamente o fato de não ter disputado a última edição do Mundial, a primeira organizada em solo africano.

Em 2010, estava machucado e não pôde participar da grande campanha dos 'Black Stars' (Estrelas Negras) na África do Sul. A seleção ganesa chegou às quartas de final e perdeu nos pênaltis para o Uruguai.

É por isto que Essien vê a Copa no Brasil como uma revanche pessoal, com a sensação amarga de que sua equipe poderia ter alçado voos ainda mais altos se pudesse contar com ele há quatro anos.

Em 2010, o volante estava no auge da carreira. Acabava de sagrar-se campeão inglês pelo Chelsea. Incansável, impressionante pela força física e a qualidade técnica, era uma peça fundamental do meio de campo da equipe.

Desde que ficou fora da Copa da África do Sul, nunca mais foi o mesmo. Sofreu repetidas lesões, foi emprestado ao Real Madrid, onde voltou a trabalhar com José Mourinho, técnico no Chelsea de 2005 a 2010, mas não chegou a se destacar. No início do ano, foi para o Milan, mas tem sido pouco usado pelo técnico holandês Clarence Seedorf.

O jogador chegou a anunciar que não jogaria mais pela seleção ganesa, mas voltou atrás depois de uma campanha liderada pelo ministro dos esportes do seu país, Elvis Afriyie Ankrah, alegando que "a Nação precisava dele mais do que nunca".

Essien foi convocado para disputar um jogo decisivo das eliminatórias africanas para o Mundial contra a Zâmbia, no dia 6 de setembro de 2013. Ele começou no banco, mas entrou muito bem no segundo tempo, levando Gana à vitória por 2 a 1, reconquistando de vez o coração dos ganeses e a confiança do seu técnico, Kwesi Appiah.

"Sempre confiei nele, principalmente pela sua atitude fantástica, tanto dentro quanto fora de campo", elogiou o treinador.

Essien também teve boas atuações na repescagem com o Egito, principalmente na goleada histórica por 6 a 1 aplicada nos 'faraós' no jogo de ida.

"Ter um jogador como esse na minha equipe faz de mim um homem feliz. É um jogador excepcional. Sempre disse que Essien é o tipo de jogador que todo técnico gosta de ter na sua equipe", insistiu Appiah, lembrando elogios de Mourinho durante a fase áurea do volante no Chelsea.

Nesta temporada, porém, Essien disputou apenas 14 partidas, poucas como titular, e não tem mais a condição física invejável do passado.

Ele foi muito abalado por duas rupturas de ligamentos do joelho, em setembro de 2008 e julho de 2011.

Nas oitavas de final da Liga dos Campeões, contra o Atlético de Madri, ele estava bem abaixo do nível dos volantes 'colchoneros'.

O clube espanhol venceu as duas partidas (2-1 e 4-1) e acabou ficando com o vice-campeonato. Já o ganês voltou a mostrar que não é mais o mesmo Essien que foi eleito melhor jogador africano em 2008.

"Ele deu muito à Gana, até que as lesões o obrigaram a fazer uma pausa", admitiu o capitão dos 'Black Stars', John Mensah, que, no entanto, acredita que o veterano possa ajudar a seleção ganesa a se tornar a primeira africana a chegar às semifinais da Copa do Mundo.

"Ele é simplesmente um dos melhores jogadores que já tivemos em Gana. Sua presença é um incentivo para os outros", completou Mensah.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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