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Ginástica

Ainda sem as boas condições de treino, Zanetti inicia ciclo olímpico

22 mar 2013 - 11h31
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O campeão olímpico Arthur Zanetti vai começar um novo ciclo, visando os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. O pontapé para a nova etapa será dado com uma competição em Doha, no Catar, no próximo dia 27, e dentre os desafios do brasileiro, que viaja nesta sexta, está o status de vencedor da última Olimpíada e a nova pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG), sem contar que ainda não conseguiu um local de treinamento mais equipado, com havia esperado após a conquista.

"No ciclo passado, a gente pensava ano a ano. Em 2011, em ser medalhista no Mundial para conseguir uma vaga na Olimpíada... Em 2012, em modificar a série para ir bem na Olimpíada. Agora, em 2013, já estamos pensando em 2015, ano de classificação para os Jogos do Rio, e claro, em 2016. Ser campeão é difícil, mas se manter no topo é mais ainda", declarou Zanetti, cujo principal objetivo no ano será o Mundial de Ginástica Artística, em setembro, em Antuérpia, na Bélgica.

"Eu sei que todo mundo vai querer ganhar de mim porque sou o campeão olímpico, mas também sei que não vou para ganhar em todas as competições. Não dá para vencer o tempo todo, embora eu sempre trabalhe para isso. Em Doha, quero fazer a minha parte e o resultado que vier será consequência", destacou.

Os movimentos nas argolas têm escala de pontuação e esta foi alterada pela FIG para as próximas competições, entretanto, a mudança não afetará muito o ginasta brasileiro. "Tirei um movimento de força, que era de valor C, mas faço um outro giro, que também é C. Então, não mudou muito, mas como ainda não estou no ritmo que vou alcançar no Mundial, preferimos dar uma diminuída na nota de partida. A FIG tenta, a cada ciclo, manter a competitividade elevada entre os atletas, dando a todo mundo a chance de brigar pela medalha. Por isso, faz modificações", explicou.

Znetti foi muito questionado sobre as mudanças após a conquista da medalha olímpica em Londres, mas por enquanto as melhores condições seguem como projetos e ainda não fazem parte da realidade do atleta.

"Venho todo dia para o ginásio de cabeça erguida. Não temos as melhores condições, mas dá para treinar", afirmou. "Se o Brasil quer ficar entre os dez primeiros na Olimpíada, precisa de estrutura, porque ginastas e nível técnico nós temos. Quantos centros de treinamento temos aqui? Nenhum. Na Colômbia, aqui do lado, são dois centros; no México, quatro", citou o técnico Marcos Goto.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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