Sem vaga garantida no Rio 2016, Hypólito confia na equipe masculina
24 ago2012 - 12h35
(atualizado às 16h32)
Compartilhar
Vinícius Paleari
Direto de São Paulo
Apesar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, garantirem a partipação brasileira na maioria das modalidades - vôlei e basquete, por exemplo, estão automaticamente classificados -, a ginástica artística precisa carimbar o seu passaporte no pré-olímpico mundial para disputar medalhas em casa.
Dono de dois títulos mundiais (2005 e 2007) e quatro da Grande Final da Copa do Mundo (2004, 2006, 2008 e 2009), ambos no solo, Diego Hypólito está confiante que, pela primeira vez na história, a equipe masculina de ginástica artística estará completa na Olimpíada.
Ao longo do ciclo olímpico, muitos atletas sofreram com lesões e tiveram que passar por cirurgias. Além de Diego, que relizou sua terceira somente em 2012, Sérgio Sasaki e Victor Rosa, ginastas que disputam os seis aparelhos, tiveram problemas físicos. Com uma lesão na coluna, Rosa acabou fora do Mundial de Tóquio, em 2011, enquanto Sasaki competiu no limite na repescagem por uma vaga olímpica, em janeiro deste ano, em Londres.
"Mesmo com esse problema das lesões, eu acredito que a o Brasil vai ter condições de chegar nos Jogos do Rio de Janeiro com a equipe completa, com os cinco atletas", ressaltou Diego. "O Sasaki (10º no individual geral em Londres 2012) e o Victor Rosa são ótimos no individual geral e têm tudo para estar bem 2016".
Mas as lesões são um incômodo na carreira do bicampeão mundial. Antes dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, o ginasta foi submetido a uma cirurgia no joelho e teve que correr contra o tempo para se recuperar e disputar os Jogos. Naquela ocasião, o brasileiro era favorito ao título, mas caiu na última sequência acrobática e ficou fora do pódio, no 6º lugar.
"Eu não aguento mais operar, mas essas cirurgias são necessárias para o meu grande objetivo, que é disputar os Jogos do Rio e ganhar uma medalha olímpica", afirmou. "Os atletas dos outros países até questionam como eu consigo competir, mesmo passando por tantas cirurgias", finalizou.
O ginasta Arthur Zanetti, campeão brasileiro na prova das argolas nos Jogos Olímpicos de Londres, afirmou nesta quinta-feira que sua conquisa é coletiva e a dedicou a todos que o apoiaram
Foto: Vagner Campos / Terra
Durante entrevista a jornalistas em um hotel de Guarulhos, onde desembarcou na manhã de hoje, Zanetti ressaltou o papel do apoio da família, dos colegas e da disciplina que aprendeu a ter para conquistar a desejada medalha olímpica
Foto: Vagner Campos / Terra
"Essa medalha tem um peso pra todo mundo, o Marcos, meu técnico, a psicóloga, a nutricionista, a associação, fisioterapeuta, e também meus amigos que estão aqui comigo", disse ele, sob vivas dos companheiros de treinamento em São Caetano, na Grande SP
Foto: Vagner Campos / Terra
A comemoração da vitória, no entanto, vai ter de ser muito comedida, porque já na segunda-feira ele deve voltar a treinar. "O ano não acaba, ainda há outras competições, e cada competição é um objetivo. Descansar mesmo só no final do ano, que é quando vai encerrar tudo mesmo".
Foto: Vagner Campos / Terra
Zanetti destacou também que a conquista exigiu esforço e alguns sacrifícios, e que o apoio da família foi fundamental
Foto: Vagner Campos / Terra
"Na infância tive que deixar de fazer muita coisa, viajar, sair, ir pra balada, porque no dia seguinte de manhã teria treino. E também não podia comer muito doce, chocolate, porque senão o dia seguinte ficaria pesado e acabaria atrapalhando o treino", contou o atleta
Foto: Vagner Campos / Terra
"Acho que a família é de grande importãncia. Agora só quero ficar com eles e com meus colegas que me ajudaram a chegar aqui. Foi por causa deles que eu cheguei aqui até esse resultado", disse ele, fazendo questão de que eles o acompanhassem na carreata que faria pelas ruas São Caetano em cima de um caminhão dos bombeiros
Foto: Vagner Campos / Terra
O ginasta brasileiro Arthur Zanetti desembarcou em São Paulo nesta quinta-feira com a medalha de ouro que conquistou na Olimpíada de Londres
Foto: Vagner Campos / Terra
Por causa da multidão de familiares, repórteres e torcedores que foi recebê-lo, Zanetti precisou deixar o Aeroporto Internacional de Guarulhos escoltado pela polícia
Foto: Vagner Campos / Terra
Cerca de 30 familiares apareceram para abraçar o ginasta especialista em argolas
Foto: Vagner Campos / Terra
Os jornalistas se espremeram para tirar uma foto e registrar a imagem
Foto: Vagner Campos / Terra
Zanetti conquistou a primeira medalha olímpica da história da ginástica
Foto: Vagner Campos / Terra
E a segunda do Brasil na Olimpíada de Londres
Foto: Vagner Campos / Terra
A namorada de Zanetti, Juliana, também apareceu em Guarulhos