Sem parar, Zanetti participa de quatro competições antes das férias
10 out2012 - 14h10
(atualizado às 16h06)
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A rotina do ginasta Arthur Zanetti depois de conquistar o inédito ouro olímpico nas argolas continua agitada. O atleta ainda não descansou após vitória nos Jogos de Londres e segue com uma dura rotina de treinos para mais quatro competições na temporada antes das merecidas férias.
Zanetti está concentrado junto com a Seleção Brasileira no Centro de Treinamento de Ginástica (Velódromo), no Rio de Janeiro. O objetivo da reunião dos atletas na capital carioca é uma preparação com foco na Olímpiada de 2016, porém o campeão olímpico aproveita para treinar para seus próximos desafios.
O primeiro torneio com a participação de Zanetti será a Swiss Cup, em Zurique, na Suíça. O torneio, que reúne duplas de dez países convidados, está agendado para o dia 4 de novembro.
"É maravilhoso, bom demais, dá moral para a ginástica brasileira. A Swiss Cup é para duplas mistas, mas não sei ainda quem será a minha parceira. É a primeira vez que vou participar, mas é uma competição mais descontraída, com bastante público. É mais um show do que uma disputa. Vai ser bem legal", comentou Zanetti.
Também na Suíça, o brasileiro participa do Arthur Gander Memorial Cup, competição na qual participará de provas de argolas, salto, solo e paralelas. Outra atividade do ginasta na temporada será a etapa da República Tcheca da Copa do Mundo, realizada na cidade de Ostrava.
A competição na República Checa será importante para Arthur Zanetti se garantir na liderança do ranking mundial. O brasileiro soma 115 pontos e tem o grego Eleftherios Petrounias, com 110, como principal adversário.
Por fim, ele compete em um torneio por equipes em Stuttgart, na Alemanha, também para países convidados, cujo objetivo é mesclar atletas jovens e experientes, visando ao novo ciclo olímpico. "Esses convites são bons para a ginástica do Brasil. Existe um reconhecimento entre os países convidados", afirmou o atleta.
Arthur Zanetti chegou aos Jogos Olímpicos de Londres como a principal, e talvez única, esperança brasileira de uma medalha inédita na ginástica artística. Contudo, a medalha de ouro conquistada nas argolas não deixou de surpreender e emocionar o País
Foto: Getty Images
Quarto lugar na fase classificatória, Zanetti foi o último a se apresentar na final do aparelho. O primeiro atleta a competir foi o chinês Yibing Chen, campeão olímpico em 2008 e favorito ao bi. Chen conquistou 15.800 pontos, marca que não foi atingia pelos ginastas seguintes, até a apresentação do brasileiro, que fez uma passagem segura e convincente, conquistou 15.900 pontos e ficou com o ouro
Foto: AP
A boa notícia ficou pela 10ª colocação de Sergio Sazaki no individual geral, melhor colocação de um atleta do País da modalidade. Essa foi a segunda vez na história que um ginasta brasileiro competiu nos seis aparelhos em uma edição dos Jogos Olímpicos. Oito anos atrás, em Atenas, Mosiah Rodrigues representou o Brasil, mas foi apenas o 33º colocado, terminando fora da final
Foto: Reuters
Se Zanetti brilhou nas argolas e Sasaki fez história no individual geral, a equipe brasileira contou com algumas decepções nesta Olimpíada. A primeira delas foi Diego Hypólito, que caiu de barriga em sua apresentação no solo, repetiu a falha de Pequim (quando era favorito ao ouro) e ficou de fora da decisão da prova, que é sua especialidade
Foto: Reuters
Daniele Hypolito, irmã de Diego, também cometeu erros no solo e prejudicou a pontuação do time feminino, que disputou o torneio de equipes mas ficou de fora da final. Prejudicada pelas lesões de Adrian Gomes e Lais Souza, que foram cortadas, e pela não convocação de Jade Barbosa, que ficou de fora por problemas com a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a equipe já chegou a Londres enfraquecida
Foto: Reuters
Vale ressaltar os aplausos do público a Daiane dos Santos, que, aos 28 anos, disputou sua última Olimpíada. Após competir em três Jogos, além de ter ido a Sydney 2000 como reserva. Em tom de brincadeira, a ginasta disse estar desempregada a partir de agora, mas frisou que sai com a "sensação do dever cumprido"
Foto: Getty Images
Protagonistas do quadro de medalhas dos Jogos, Estados Unidos e China dominaram as competições por equipes na ginástica artística. O time formado por Alexandra Raisman, Gabrielle Douglas, Jordyn Wieber, Kyla Ross e McKayla Maroney, que já havia se classificado em primeiro nas qualificatórias, somou 183.596 pontos e deixou Rússia e Romênia para trás
Foto: Getty Images
Os EUA foram campeões no feminino, enquanto o país asiático ficou com a medalha de ouro no masculino e liderou o quadro de medalhas da modalidade, com quatro de ouro, contra três do rival
Foto: Getty Images
Gabrielle Douglas virou destaque no mundo todo depois de se tornar a primeira negra a ganhar o ouro no individual geral da ginástica artística em toda a história dos Jogos Olímpicos. A americana, 16 anos, desde então, também virou assunto porque seu cabelo estaria feio durante as apresentações em Londres
Foto: AP
Na ginástica rítimica, a supremacia foi russa. Bicampeã olímpica e tricampeã mundial nos últimos três anos, Evgeniya Kanaeva conquistou a medalha de ouro no campeonato indivudal, seguida da compatriota Daria Dmitrieva. A seleção europeia também foi medalhista de ouro por equipes, superando, que ficaram em segundo e terceiro, respectivamente