DM vazio é trunfo do Goiás para buscar reação na temporada

Calendário apertado, viagens desgastantes, trocas abruptas de ambientes climáticos, todos esses fatores são componentes presentes na vida de um clube de elite do futebol brasileiro. O ritmo frenético com que se disputa o Campeonato Brasileiro costuma refletir na condição física dos jogadores e conviver com lesões passa ser quase que rotina. Não é o caso do Goiás nesse momento. O time esmeraldino comemora ver seu departamento médico vazio e acredita que isso é um trunfo para sair da crise que vive na Série A.

Mesmo com o elenco inchado, o Goiás não tem um atleta sequer no estaleiro. Fato raro entre os 20 clubes que compõem a primeira divisão. O técnico Julinho Camargo pode contar com qualquer jogador do elenco profissional e enxerga vários pontos positivos nisso.

Notícias relacionadas

Zagueiro do Corinthians é expulso após agredir assistente de arbitragem; veja o lance

Barcelona-EQU x São Paulo: onde assistir, escalações e arbitragem

Após receberem provas de John Textor, senadores veem indícios suficientes para começar investigações

O principal deles nem é contar com as opções somente para os jogos, mas ter o elenco à disposição para as sessões de treino faz com que o plantel possa melhorar gradativamente com as inserções de atividades propostas. “É muito importante porque tendo o jogador à disposição, principalmente para a execução dos trabalhos, te dá a possibilidade de fazer com ele evolua”, frisou.

No meio de uma maratona de jogos, contra Chapecoense na última quarta-feira, o São Paulo neste sábado e o Brasília pela Sul-Americana na próxima terça-feira, Julinho já avisou que terá de rodar o elenco e ter várias opções o anima.

Um dos médicos responsáveis pelo departamento médico do clube, Mauro Machado salienta a importância da estrutura do Goiás e elogia o trabalho realizado pelos preparadores físicos. Mas lembrou que este trabalho está amparado pelos nutricionistas, fisiologistas, fisioterapeutas e outros profissionais que compõem o que ele chama de departamento de saúde.

“É uma série de fatores que contribuem para essa situação, principalmente a questão da preparação física. Sempre gosto muito de valorizar esse lado, pois ela ajuda muito em relação a prevenção de lesões. Temos um trabalho muito bom na coordenação do professor Danny, isso tem mostrado os frutos”, salientou Mauro Machado.

Em toda a temporada, o Goiás contabiliza apenas 10 lesões musculares, um número considerado muito baixo. Machado ainda exaltou a estatística lembrando que o time esmeraldino tem um fator de risco agravante, uma vez que os jogadores estão jogando pressionados pela posição na tabela.

Responsável pela preparação física do Goiás, Danny Sérgio explicou a importância do trabalho de fortalecimento muscular que é feito com os atletas, tudo monitorado e dentro de padrões internacionais. O preparador físico acredita que o clube tem tudo para seguir com esse baixo número de lesões e Julinho Camargo ter o mínimo de dor de cabeça.

“Acredito que sim, pois temos uma programação anual. Vamos seguir com ela, sabemos que temos resultados positivos na sequência dos anos que a gente vem aplicando. Esperamos que nesse restante de ano continue assim, com poucas lesões, mas é arriscado dizer”, avaliou Danny.