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Tranquilo, Enderson comenta cirurgia e não garante renovação
O técnico Enderson Moreira vai passar por uma cirurgia no coração na manhã desta quarta-feira e não comandará o Goiás no próximo domingo, contra o Santos, no Estádio Serra Dourada. Após o último treino que pôde trabalhar antes de passar pelo procedimento cirúrgico, Enderson falou sobre o seu problema de saúde, a escolha do momento para fazer a operação e sobre seu futuro no clube.
Assim como disse o médico Sérgio Rassi, que também é vice-presidente do Goiás, a cirurgia é de caráter preventivo e não precisava ser feita nesse momento. No entanto, o treinador esmeraldino explicou que essa decisão já havia sido tomada com antecedência, pois em dado momento da disputa do Campeonato Brasileiro o Goiás já havia afastado o risco de rebaixamento.Enderson Moreira explicou a origem de sua preocupação com esse problema cardíaco e que o fato de ele não estar à beira do campo não será fator decisivo para uma derrota ou vitória sobre o Santos.
“Em 2011 eu tive um mal súbito e, a partir daí, os médicos começaram a investigar e quase no último exame, que não sei falar o nome, foi diagnosticado isso. É uma coisa normal pelo que eles falam, muitas pessoas tem e não sabem, mas por essa mal súbito eu fui tomando medicamentos e nos últimos exames que eu fiz, o Dr. Sérgio achou melhor fazer esse procedimento no final da temporada. A gente já tinha definido a fazer porque não iríamos passar pelo sufoco do rebaixamento e tudo mais. O presidente já estava sabendo, já deixamos avisado com todas as pessoas envolvidas. Decidimos por manter essa data com muita tranquilidade e sabendo que essa semana não é muito de treinamento, os jogadores já estão juntos há dois anos, é final de temporada e eu também tenho confiança no meu assistente, o Luís Fernando, inclusive eu falei pra ele que é como se eu tivesse sido expulso na última rodada. Não vai ser a ausência do Enderson que vai fazer com que a gente perca ou ganhe a partida”, explicou.
Segundo o treinador, tanto ele como seus médicos optaram por essa data sem problemas. Apesar de não ser uma cirurgia urgente, o risco de um novo mal súbito será diminuído substancialmente após esse procedimento. "Eu tenho um prazo de recuperação e eu teria que fazer isso a um prazo muito anterior. O Dr. Sérgio falou que não era urgente, mas que se fosse ele, faria imediatamente naquela oportunidade. Eu estou convivendo com esse risco faz muito tempo em virtude do Goiás. Não é que eu quero curtir férias, apesar de entender que eu mereça muito isso. Eu me doei muito durante esse tempo todo, abri mão de muita coisa, abro mão da minha família, mas chega um ponto que eu preciso pensar em mim também”, frisou.
Como não comandará a equipe no próximo domingo e seu contrato se encerra ao fim da temporada, a derrota para o Grêmio pode ter sido a última partida de Enderson Moreira no comando do Goiás. O treinador comentou o assunto de uma possível renovação, não garantiu que renovará e disse que alguns fatores podem pesar no momento da decisão e a classificação para a Taça Libertadores é uma delas.
“Eu não posso garantir isso, sempre fui uma pessoa muito correta e sincera com isso. Tem a vontade das duas partes que isso possa acontecer, mas não falamos ainda em números, questão salarial e tudo mais. Tem a Libertadores, que pode ser um foco do projeto, então a gente tem que pensar bem e tratar isso com tranquilidade", concluiu.
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