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Advogado: Grêmio está condenado a jogar com portões fechados

11 abr 2014 - 12h05
(atualizado às 17h18)
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Torcida do Grêmio briga entre si na Arena; veja imagens:

O advogado Gabriel Vieira, responsável pelo departamento jurídico do Grêmio, acredita que o clube será punido e terá que jogar com portões fechados no mata-mata da Libertadores da América por conta da briga entre torcedores na última quinta-feira, durante o duelo contra o Nacional, do Uruguai, em Porto Alegre. 

Em entrevista ao Terra, Vieira lembrou que o time gaúcho é reincidente em confusões no estádio, já que no ano passado parte do alambrado da Arena desabou durante a partida contra a LDU, e torcedores caíram no fosso do estádio. 

O Grêmio é dono da segunda melhor campanha da Libertadores e tem a vantagem de disputar os jogos de volta em casa no mata-mata a não ser quando enfrente o Vélez Sarsfield, melhor da fase de grupos. A equipe tem ainda a melhor defesa ao lado do Atlético-MG - só sofreu um gol.

Seriam motivos de sobra para os gremistas comemorarem, mas a briga entre os torcedores e a punição iminente está causando calafrios nos dirigentes.

Veja a entrevista exclusiva com Gabriel Vieira

Terra - Até que ponto os incidentes do jogo contra o Nacional preocupam a direção do Grêmio?

Gabriel Vieira -

Nós temos muita preocupação. Vocês (jornalistas) são testemunhas de que o Grêmio tem trabalhado em todos os aspectos de prevenção quanto a situações que possam acontecer para prejudicar o clube. Tivemos os atos de racismo no clássico Gre-Nal, e o Grêmio sempre se preveniu e fizemos campanhas contra o racismo e também para não arremessarem objetos no gramado. Infelizmente, em um ambiente onde se tem 30, 40 mil pessoas, isto às vezes acaba acontecendo. É ruim, é péssimo, não pode acontecer, mas por vezes acontece. Não deu para reprimir, mas vamos pelo menos tentar amenizar uma punição contra o Grêmio.

<p>Reincidente em confusões na Arena, Grêmio já prevê que será punido pela Conmebol</p>
Reincidente em confusões na Arena, Grêmio já prevê que será punido pela Conmebol
Foto: Ricardo Rimoli / Agência Lance
Terra - Na Libertadores de 2013 aconteceu o incidente no qual o alambrado da Arena acabou cedendo e muitos torcedores caíram no fosso do estádio. Nesta situação o Grêmio acabou sendo punido e ficou um alerta da Conmebol?

Gabriel Vieira - Devido a este incidente, o Grêmio está condenado e esta pena é passível de execução. Simples assim. Se a Conmebol quiser executar, ela pode executar, e o Grêmio nem pode apresentar defesa porque não é mais processualmente cabível. Agora a Conmebol pode oferecer uma nova denúncia pelo ocorrido aqui (na quinta-feira). Ela pode executar o Grêmio com uma partida com os portões fechados pela situação do jogo de 2013 e oferecer uma nova denúncia para o Grêmio se defender, pelo que ocorreu diante do Nacional, pela qual pode ser punido novamente.

Terra - Mas na ocasião da queda do alambrado, em 2013, o Grêmio já cumpriu parte da pena?

Gabriel Vieira - A queda do alambrado gerou ao Grêmio duas partidas com portões fechados. O primeiro jogo o Grêmio jogou com a ala da geral, onde caiu o alambrado, interditada. No segundo jogo o Grêmio se comprometeu em cumprir requisitos de prevenção para que isto não voltasse a acontecer. A Conmebol concordou porque existe uma previsão no código disciplinar da Conmebol, mas se qualquer tipo de incidente no estádio voltasse a acontecer, a Conmebol simplesmente executa esta pena que já está decretada.

*Terra - O fato de os torcedores terem sido identificados e conduzidos para a delegacia do estádio pode ajudar o Grêmio?

Gabriel Vieira - Acredito que sim. Nós vamos encaminhar tudo para a Conmebol para prevenir que esta pena seja executada, mas a Conmebol pode entender que não é mais passível de se apresentar provas, querer executar uma pena que já está decretada e mandar o Grêmio jogar com portões fechados. Segunda ou terça a Conmebol já deverá se posicionar sobre esta situação.

*Vinte e seis torcedores foram detidos pela briga de quinta-feira. Três deles já estavam punidos por outros incidentes e inclusive estavam proibidos de ingressar ao estádio. A grande maioria dos detidos também já tinha passagem pela polícia por brigas e distúrbios em estádios de futebol.

Fonte: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra
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