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Aranha para Grêmio, mas vira alvo e revê "sombra" de racismo

18 set 2014 - 22h23
(atualizado às 22h58)
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Aranha e o Grêmio, definitivamente, ainda não cicatrizaram as suas feridas. No reencontro 21 dias após o episódio em que o goleiro foi vítima de injúrias raciais por parte da torcida gremista, a paz não foi selada. Os gremistas não perdoaram a eliminação nos tribunais da Copa do Brasil, só pouparam o personagem de novas ofensas da mesma estirpe. Aranha foi vaiado e ofendido desde o aquecimento até a saída para os vestiários. O camisa 1 respondeu com defesas fundamentais em campo, mas deixou a partida magoado e apontando um possível legado inútil do episódio.

Torcida do Grêmio vaia Aranha em retorno à Arena:

Aranha bem que tentou evitar. Realizou o aquecimento no gol oposto ao episódio, mas passou os primeiros 49 minutos, justamente, atrás do setor em que sofreu as ofensas.

O primeiro toque na bola, para um tiro de meta, aos 7min do primeiro tempo, foi acompanhando de sonoras vaias. A resposta do goleiro vieram nas duas principais defesas do jogo, em finalizações de Lucas Coelho, aos 18 e 19min, a segunda delas evitada com um leve desvio para a trave.

A consequência foi a ira dos gremistas, que respondeu com gritos de "Aranha, v..., Aranha v...", trocando o racismo por homofobia. No primeiro tempo, ainda fez defesa segura em um chute de Ramiro, antes de condenar a nova postura.

"Para mim, sim (tudo calmo). Procuro respeitar o adversário, mas é triste. Quer dizer que concordam com tudo o que aconteceu.Tenho que fazer a minha parte e trabalhar quietinho. Sou profissional acima de tudo, estou concentrado, mas que é triste, é triste", disse na saída para o intervalo. Na volta, um novo lance para testar o psicológico que o obrigou a defesa difícil no chute de Dudu, logo com 1min.

Com as equipes mais mornas, arriscando menos, viu a bola não mais chegar e a perseguição cessar. A relação de ódio voltou a seu ápice já no fim, aos 37min, após um choque com Geromel. Os últimos xingamentos e vaias.

Sem força e tomadas por nervosismo, o empate no último encontro entre as equipes no ano ficou justo em jogo de pouca inspiração e produção. O Santos segue sem vencer fora de casa no Campeonato Brasileiro desde a retomada após a Copa do Mundo, agora são sete jogos, enquanto o Grêmio vê freada a sua arrancada na competição.

Fonte: K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME K.R.C.DE MELO & CIA. LTDA – ME
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