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Felipão cita ruídos na diretoria: "Grêmio está dividido"

19 mai 2015 - 17h23
(atualizado às 17h24)
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O técnico Luiz Felipe Scolari deu detalhes sobre a saída do Grêmio. Em comunicado enviado pela assessoria de imprensa do técnico, Felipão negou que houvesse problemas no vestiário e disse que deixou a equipe por causa de um "débito" pela derrota na final do Gaúcho para o rival Inter. O treinador ainda deu detalhes dos bastidores instáveis do time tricolor, que estaria "bastante dividido".

“Eu tenho um relacionamento normal com o presidente Romildo e com a direção de futebol. Mas naturalmente que o meu relacionamento com o doutor Fábio (Koff), que foi quem me fez voltar ao futebol do Grêmio no ano passado, era um pouco diferente. E quando eu senti que tinha um ruído, que existem algumas facções dentro do Grêmio e que está bastante dividido no sentido de pensamento. Eu ouvia essa ressonância em relação muitas vezes ao meu grupo de trabalho, ao salário, à discordância em relação a determinados jogadores, eu achei que isso era normal", afirmou o técnico pentacampeão do mundo, citando ainda uma mudança no clube.

Felipão pediu demissão do Grêmio
Felipão pediu demissão do Grêmio
Foto: Lucas Uebel/Grêmio / Divulgação

"O Grêmio de hoje não é o mesmo ambiente do Grêmio de dez anos atrás, ou cinco anos atrás. O Grêmio tem problemas de facções. Muita gente dividida em relação a muitas coisas. E aí fica um pouco mais difícil de dirigir. Foi isso o que aconteceu", explicou Felipão.

Scolari também lembrou que dividiu o planejamento em dois: ao chegar, com o Grêmio no meio da tabela do Brasileiro, a meta era fugir do rebaixamento - o treinador alcançou o objetivo e ainda brigou pela Libertadores. A segunda meta, que era o título do Estadual, não ocorreu e deixou um "débito", nas palavras do técnico. Tal dívida foi a responsável pela atitude de colocar o cargo à disposição.

Muito se comentou durante os últimos meses de Felipão no comando do Grêmio que o grupo estivesse "rachado". Durante a sua terceira passagem, o treinador teve momentos emblemáticos, como deixar o gramado antes mesmo do fim do jogo por um desempenho ruim da equipe. Mesmo assim, acredita que o ambiente era bom.

Meu Deus! Gremistas se atrapalham e fazem gol contra bizarro:

"Pelo que eu saiba não (tinha problemas de vestiário). Mas havia sim sempre notícias de que tínhamos problemas de vestiários, ou que tínhamos problemas disso ou daquilo. Porque muitas das situações não eram vividas por pessoas que passavam informações que não eram corretas. Os jogadores sempre souberam daquilo que iria acontecer. Ainda hoje na minha despedida, eu falei a todos os jogadores que o Grêmio tem um bom grupo, mas que para disputar um Brasileiro ainda faltavam uns dois ou três jogadores para que a disputa fosse mais igual e mais parelha com alguns outros clubes. Eu não via nenhum problema em relação a isso no vestiário. Eles sabiam de todas as decisões que nós íamos tomar junto a direção", contou.

Em muitos momentos da entrevista, Felipão salientou que é "gremista" e por isso até mesmo pediu demissão, a fim de que a equipe não tenha ônus. "Pedindo a demissão, o Grêmio não tem ônus nenhum. Isso que eu quero frisar mais uma vez. Não quero ônus de alguém. Eu quero deixar o Grêmio em condições e possibilidades de até boas contratações se assim quiser. Porque aí será melhor para o Grêmio. Eu como gremista gostaria de ver muito mais. Um Grêmio muito melhor", salientou.

Fonte: Terra
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