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Grêmio é excluído da Copa do Brasil por racismo a Aranha

3 set 2014 - 17h42
(atualizado em 2/12/2014 às 15h33)
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O Grêmio foi excluído por unanimidade da Copa do Brasil nesta quarta-feira, em julgamento realizado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em razão das ofensas racistas de parte de sua torcida contra o goleiro Aranha, do Santos, em jogo disputado na última quinta, em Porto Alegre. A decisão marca a primeira vez na história do futebol que um clube é tirado de uma competição por causa de comportamento racista de seus torcedores. Ainda cabe recurso da sentença ao Pleno do STJD.

STJD exclui Grêmio da Copa do Brasil por ofensas racistas:

O advogado do Grêmio no caso, Miguel Assef Filho, argumentou que não poderia haver uma "caça às bruxas" utilizando o clube gaúcho como bode expiatório, já que tirar o time da Copa do Brasil não acabaria com o racismo. Argumentando que os autores das ofensas foram "apenas quatro pessoas no meio de 30 mil torcedores", ele pediu a absolvição da equipe tricolor.

Porém, os quatro membros do tribunal votaram a favor da exclusão do clube do torneio, além de uma multa de R$ 50 mil. Já o árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, recebeu uma suspensão de 45 dias e R$ 800 de multa por não ter relatado nada sobre as ofensas racistas contra Aranha na súmula original do jogo - apenas em um adendo no dia seguinte. Os auxiliares Kleber Lúcio Gil, Carlos Berkenbrock e Roger Goulart também foram suspensos, mas por 30 dias, e multados em R$ 500.

Também houve punições menores de R$ 4 mil para o Grêmio (por atraso na entrada do time em campo e papéis higiênicos atirados no gramado) e R$ 4 mil para o Santos (por atraso na entrada em campo no início do jogo e no intervalo).

O presidente do Grêmio, Fábio Koff, confirmou que o clube vai recorrer da decisão por "discordar tecnicamente" da interpretação dos auditores do STJD. "Não digo que tenha havido injustiça, houve exagero de interpretação da regra. O Grêmio fez o possível para identificar os autores, e identificou alguns", declarou o dirigente.

Na partida da última quinta-feira, na Arena do Grêmio, um grupo de torcedores tricolores atrás do gol do Santos começou a fazer ofensas racistas contra o goleiro Aranha no segundo tempo, usando termos como "macaco", "preto fedido" e imitando sons simiescos, de acordo com o próprio jogador. Todos os torcedores que participaram do episódio e foram identificados por imagens de TV estão proibidos de frequentar estádios por 720 dias.

Aranha esbraveja: "fui chamado de preto fedido e macaco":

Fonte: Terra
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