Gremistas esquecem "birra" e aprovam volta de Ronaldinho
Na manhã desta segunda-feira, 20 torcedores que passaram pelo Estádio Olímpico, para ir à loja do Grêmio comprar presentes natalinos, opinaram sobre a volta de Ronaldinho ao clube
De 20 torcedores, apenas um torcedor não quer a volta de Ronaldinho. O motivo seria, não a "birra" pela saída do meia, mas a situação atual do jogador.
"Não quero o Ronaldinho, ele vai chegar só para fazer festa e quebrar o vestiário, que está bom agora", disse Tadeu, de 55 anos.
Outro colocou ressalvas, mas aceitou a volta do meia. Seu D'elia, de 79 anos, apenas falou sobre sua forma física. "Não tem nada daquilo da saída, mas ele está um pouco fora de forma", disse.
Dentre os outros 19 que querem o retorno do atleta, as justificativas são muitas. Dos jovens de 17 anos, que têm Ronaldinho como ídolo maior do futebol, com os títulos de melhor do mundo em 2004 e 2005, Lucas, que foi ao Olímpico se alistar no Exército Gremista, é o exemplo.
"Quero que ele volte, sim. Ele é ídolo, joga demais, tem que voltar para casa", argumentou Lucas.
A volta de Ronaldinho está arquitetada em um pilar: a tranquilidade do jogador de poder ficar em casa. Assis quer que o meia possa morar em Porto Alegre sem passar por constrangimentos com o torcedor quanto a lembranças de sua saída. Em 2001, Ronaldinho se valeu do início da Lei Pelé, e saiu de graça do Grêmio, após não renovar seu contrato, e rumou para o PSG, da França. Na época, a torcida tricolor chamou o jogador de traidor, sentimento que parece ter passado.
Eloci resume o que pensa sobre a questão: "é uma questão de mercado, de serviço. Se te oferecem um trabalho no Banco do Brasil, e tu estás na Caixa Federal, tu vais. Mas o coração é o que importa", falou.
Resta agora saber se Paulo Odone e a diretoria gremista vão conseguir efetuar a contratação do astro. A torcida o acolherá de braços abertos.
