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Organizada do Grêmio tira termo "macaco" de canto anti-Inter

29 ago 2014 - 14h07
(atualizado às 14h22)
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<p>Aranha sofreu abuso racial na partida entre Grêmio e Santos em Porto Alegre</p>
Aranha sofreu abuso racial na partida entre Grêmio e Santos em Porto Alegre
Foto: Roberto Vinícius/Agência Eleven / Gazeta Press

A Torcida Jovem, segunda maior organizada do Grêmio, anunciou por meio do Twitter nesta sexta-feira que vai abolir os termos "macaco" e "macacada" das músicas entoadas contra o arquirrival Internacional nas arquibancadas. Após os insultos racistas sofridos pelo goleiro Aranha, do Santos, em partida na Arena do Grêmio na última quinta, pela Copa do Brasil, os torcedores tricolores resolveram trocar as palavras vetadas por "colorados".

Na rede social, a torcida também fez críticas à jovem flagrada por câmeras do canal ESPN Brasil direcionando gritos de "macaco" a Aranha. Na opinião da organizada, a atitude racista "cuspiu na bandeira tricolor que carrega a estrela de Everaldo" e "ignorou o hino de Lupi" - referências ao ex-lateral gremista Everaldo, titular da Seleção Brasileira tricampeã mundial em 1970, e ao compositor Lupicínio Rodrigues, autor do hino do Grêmio. Ambos eram negros.

O termo "macaco" é historicamente usado por gremistas para se referir à torcida do Internacional, que nas primeiras décadas do século XX era visto no Rio Grande do Sul como o "time do povo", aceitando negros e mulatos na equipe e tendo o apoio de parte maior da população pobre. Com o passar dos anos, parte dos colorados deixou de considerar o termo pejorativo, e atualmente há torcedores que utilizam a palavra em seus gritos e até adotam a figura do macaco como mascote.

Racismo: Santos teme por jogo da volta contra o Grêmio:

Fonte: Terra
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