PUBLICIDADE
Logo do Grêmio

Grêmio

Favoritar Time

Triste por ser chamado de mercenário, Barcos diz que é hora de sair

8 fev 2013 - 20h13
(atualizado às 21h36)
Compartilhar

Na entrevista coletiva em que se despediu do Palmeiras, Barcos pouco mudou sua fisionomia. Ficou parado, olhando para baixo com as mãos cruzadas sobre a mesa na sala de entrevistas. Riu timidamente só quando o diretor executivo José Carlos Brunoro fez alguma graça, e também quando acabou de falar ao microfone. A postura é de alguém que quer ser visto como profissional, e não um mercenário.

"Recebi mensagens me chamando de mercenário e outras coisas, mas não tem nada a ver com isso, a saída não é por motivo econômico", argumentou o atacante. "Sou um jogador que me dediquei 100% ao Palmeiras e hoje, como profissional, tenho que sair do clube. Nunca fiz nada contra o Palmeiras", reiterou.

Barcos pediu para sair do Palmeiras porque, segundo ele, o Grêmio ofereceu algo irrecusável: pagar R$ 1,5 milhão que o Verdão lhe deve, quitar a dívida de US$ 750 mil (cerca de R$ 1,5 milhão) com a LDU, oferecer 2 milhões de euros (R$ 5,2 milhões) e ainda ceder cinco atletas, dos quais só há acerto com o zagueiro Vilson.

"Sempre fui sincero e falei que a única maneira de sair era com uma boa proposta para o Palmeiras e para mim. Chegamos à conclusão que era melhor que sair. Sinto muita dor por ter que sair agora, mas foi favorável para todos. Chegou a hora", sentenciou Barcos, entendo as críticas."A opinião pública e o torcedor podem não estar de acordo, muitas vezes fica difícil o torcedor compreender. Mas sou profissional, e muita coisa não depende só de um ou outro. São coisas que acontecem, é assim mesmo. Com o tempo, quem entende de futebol vai se dar conta de que é o melhor para o Palmeiras e para todos", apostou.

Além da irritação com atraso no pagamento dos direitos de imagem, maior parte de seus salários, pesou para Barcos sair ouvir do técnico Alejandro Sabella de que só convocaria atletas que estivessem na primeira divisão. "Na hora de tomar uma decisão tão difícil, analisei tudo. Primeiro falei com a minha família, que é o mais importante. Depois tem o peso da seleção, eu perderia um pouco o meu caminho e isso me deixava um pouco preocupado. Como era favorável para ambas as partes, vi a possibilidade favorável para mais uma oportunidade na seleção e de estar na Copa do Mundo do ano que vem."

O Palmeiras já virou recordação para o argentino. "Sou eternamente agradecido ao Palmeiras e pelo grande carinho e respeito que cada torcedor e o clube me deram. Tenho lembranças muito boas do Palmeiras. Fui muito feliz no tempo em que passei aqui", afirmou, tendo cuidado, porém, de mostrar foco no Grêmio.

"Obviamente fico meio triste e chateado pela situação, não esperava sair no momento, mas tenho que encarar. Há muito pela frente, tanto para mim quanto para o Palmeiras. Vou para um novo clube que está confiando em mim e tenho que fazer as coisas bem. É um grande desafio na minha carreira. Há um benefício futebolístico para mim e para o clube será uma ajuda muito importante", insistiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade