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Há 17 anos no COB, Nuzman diz que mérito não é avaliado por tempo

9 out 2012 - 14h10
(atualizado às 21h59)
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HENRIQUE MORETTI
Direto de São Paulo

Reeleito na última sexta-feira para mais quatro anos na presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman defendeu a continuidade nesta terça-feira. Na análise de Nuzman, 70 anos e dirigente máximo da entidade desde 1995, o mérito do trabalho tem de ser "medido pelo que cada um faz, não pelo tempo".

Para justificar a declaração, Nuzman citou como exemplo de seu "mérito" o fato de o Rio de Janeiro ter ganhado o direito de sediar a Olimpíada de 2016 - será a primeira vez que um país da América do Sul abrigará o evento.

Nuzman concedeu entrevista nesta terça-feira na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, onde ele esteve para promover a exposição "As Oportunidades de Negócios para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016". O encontro integrou a 23ª reunião do Conselho Superior da Indústria da Construção, que representa 204 entidades da cadeia construtiva da construção civil.

Em um intervalo do evento, o dirigente conversou com jornalistas durante pouco mais de 10 minutos. Questionado sobre a posição do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que já defendeu a alternância de poder nas confederações esportivas brasileiras, o presidente do COB descartou o "tempo" como instrumento de análise e, evitando se alongar no tema, ressaltou que sua "relação com o ministro Aldo é ótima, não poderia ser melhor".

"Vamos continuar trabalhando juntos, seja na organização da Olimpíada, seja na preparação dos atletas", disse Nuzman, que ficará à frente da entidade até os Jogos Olímpicos de 2016.

Na última sexta, Nuzman foi reeleito para o quinto mandato na presidência do COB. Candidato único, ele recebeu 30 votos favoráveis de 33 possíveis no pleito realizado no Rio de Janeiro - houve apenas um contrário, do presidente da Confederação Brasileira de Gelo (CBDG), Eric Maleson, além de duas abstenções. A Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não enviaram representantes à eleição.

"Toda eleição é uma experiência nova, abre novos horizontes, novos caminhos, novas formas de a gente poder trabalhar junto. Fiquei muito contente com o resultado e por ter essa participação, com reuniões frequentes com as confederações", afirmou Nuzman, segundo o qual o "crescimento do trabalho" com essas diversas confederações é "muito grande" em relação ao passado.

"Espero que a gente chegue a essa preparação para 2016 da melhor forma possível, como todos queremos", completou ele, que também é presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Desde 1995 no COB, Nuzman foi reeleito para o 5º mandato com 30 dos 31 votos válidos
Desde 1995 no COB, Nuzman foi reeleito para o 5º mandato com 30 dos 31 votos válidos
Foto: Bruno Santos / Terra
Fonte: Terra
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