Corinthians transforma Japão em "casa" e derruba Chelsea por bi mundial

Após cinco anos de supremacia europeia, a taça do Mundial de Clubes é novamente brasileira. O bilionário Chelsea que conquistou a Liga dos Campeões no meio do ano não foi páreo para o Corinthians da Libertadores, o Corinthians de Tite - e de milhares de torcedores que viajaram do Brasil ao Japão para transformar a terra nipônica na casa alvinegra, empurrando o time paulista rumo ao segundo título mundial de sua história.

O Mundial coroa um ciclo de estrondoso sucesso deste elenco corintiano. A mesma base que conquistou o Campeonato Brasileiro em 2011 e a inédita Copa Libertadores em 2012 agora fatura um título internacional contra um poderoso adversário europeu, sempre usando as armas que fizeram desta equipe um rival dificílimo de ser batido: além de qualidade técnica, a aplicação, a solidariedade e o espírito de luta.

Desde a conquista da Libertadores em junho, o Corinthians tem a cabeça totalmente voltada para o Mundial. O Campeonato Brasileiro foi praticamente "abandonado" por vários meses, e só na reta final Tite colocou em campo o time que queria ver jogar no Japão. As contusões atrapalharam, mas o time chegou azeitado a solo asiático.

Apesar de toda a preparação, a campanha não começou tão bem. A estreia contra o Al Ahly, do Egito, foi nervosa: o time brasileiro começou melhor, controlou a posse de bola, mas sofreu para criar chances. O peruano Guerrero, centroavante bancado por Tite no esquema corintiano, fez de cabeça o único gol. No segundo tempo, os egípcios melhoraram e acuaram o Corinthians na defesa. O time se segurou como pôde, sobreviveu à pressão e avançou à sonhada final.

E, se nos últimos anos os clubes europeus dominaram a final, no dia 16 de dezembro de 2012 o melhor futebol esteve do lado sul-americano. O Corinthians foi mais perigoso do que o Chelsea e conseguiu o gol da vitória aos 23min do segundo tempo, com o peruano Guerrero.

O Chelsea ainda esboçou uma pressão no final, mas entrou em cena o outro destaque corintiano. Cássio, que já havia realizado grandes defesas no primeiro tempo, tirou com o pé um chute cara a cara de Fernando Torres aos 40min e garantiu a festa dos milhares dos corintianos que viajaram ao Japão e dos milhões espalhados pelo mundo.