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Inglaterra ameaça cortar "mesada paralímpica" e cria temor entre atletas

25 fev 2013 - 11h44
(atualizado às 11h44)
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Atletas como Sophie Christiansen serão reavaliados a partir de abril
Atletas como Sophie Christiansen serão reavaliados a partir de abril
Foto: Getty Images

A alteração de um benefício que por mais de duas décadas tem ajudado atletas com deficiência a manter treinamentos ameaça gerar uma crise no mundo paralímpico na Grã-Bretanha. O governo anunciou recentemente que pretende reformular o Disability Living Allowance (DLA), programa de mesada semanal de até 130 libras (R$ 385), e os novod critérios estão sendo fortemente contestados pelos envolvidos, de acordo com o jornal Daily Mail.

O novo programa governamental será chamado Personal Independent Payment (PIP), e a expectativa é que desonere o governo em 2,24 bilhões de libras (R$ 6,65 bilhões) anuais para 2015 e 2016, cortando mais de 500 mil dos 2 milhões de atletas que recebem o benefício. Os critérios para participar do PIP serão mais rígidos, com avaliações começando em 8 de abril. As críticas, no entanto, crescem a cada dia.

Um dos testes que será colocado em prática, relatado pela publicação, é verificar se a pessoa é capaz de se locomover por 20 metros com ou sem auxílio de aparelhos. Se isso for possível, receberá pontuação menor, o que, ao final da avaliação, pode determinar que não receba a mesada. Atletas com diferentes paralisias relataram ao jornal que, sem o benefício, não poderão seguir treinando.

Um porta-voz do governo explicou que o objetivo do PIP é olhar para cada atleta como indivíduo, não apenas classifica-los de acordo com saúde física ou deficiência. Ainda citou que o DLA é um programa implementado há mais de 20 anos, e que é necessária uma atualização para uma medida que reflita a atual situação dos deficientes na sociedade. Os testes deverão ser completos para avaliar a necessidade de cada um, ressaltou.

Com ajuda da “mesada paralímpica”, a Grã-Bretanha terminou os Jogos de Londres na terceira colocação geral, atrás de China e Rússia. Foram 120 medalhas conquistadas, sendo 34 de ouro, 43 de prata e 43 de bronze.

Fonte: Terra
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