Inglesa do skeleton diz não ter medo de "pista da morte"
Uma das favoritas à medalha de ouro no skeleton na Olimpíada de Inverno, a inglesa Shelley Rudman, disse não ter medo da controversa pista do Whistler Sliding Center. O georgiano Nodar Kumaritashvili, do luge, morreu após acidente na última sexta no local, que também será palco das disputas do skeleton.
Depois da tragédia, a Federação Internacional de Luge fez alterações, encurtando o percurso e diminuindo o ponto de largada dos atletas. As medidas, porém, não valerão para o skeleton, que será disputado na pista "original". Nada que preocupe a medalha de prata na modalidade nos Jogos de Turim em 2006.
"Não sinto que a pista seja perigosa. É como qualquer outra pista. Se você não está completamente pronto ou está um pouquinho cansado, alguma coisa pode acontecer", disse Rudman, que também não perde o sono com suas principais concorrentes em Vancouver, inclusive as canadenses.
A inglesa treinou no local das provas apenas em duas ocasiões (em outubro e três dias depois do acidente de Kumaritashvili). O número de testes é quase dez vezes menor que a local Mellisa Hollingsworth, bronze em Turim, que treinou cerca de 20 vezes no local.
"O acidente foi algo muito triste para todos nós. Mas estamos todos aqui agora e descemos a montanha bem nos treinos. Sei que todos estão me esperando com uma medalha e vou dar tudo de mim para que isso aconteça", disse.
"Sou honesta quando digo que estou pronta para enfrentar Mellisa. Nos treinamentos, em que ficamos muito próximas, estou apenas oito décimos atrás dela. Será difícil vencer, mas me sinto bem mentalmente".
Entenda o caso
O georgiano Nodar Kumaritashvili, 21 anos, morreu nesta sexta-feira após sofrer um grave acidente no treinamento do luge, no Whistler Sliding Center. O atleta estava em uma velocidade de 144 km/h quando perdeu o controle de seu trenó, bateu contra a parede de gelo e, depois, contra uma haste na pista.
A equipe médica dos Jogos de Vancouver tentou realizar procedimentos de reanimação, como massagem cardíaca e respiração boca a boca, antes de chamar um helicóptero para transferir Kumaritashvili ao hospital. O atleta, que havia iniciado a carreira profissional há dois anos, teve a morte anunciada horas depois pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
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