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D'Alessandro vê renovação perto e pede maturidade a atletas

4 set 2014 - 11h51
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A direção do Internacional já deu o primeiro passo para garantir a permanência do meia argentino D’Alessandro por mais algumas temporadas no Estádio Beira-Rio. O atual contrato do capitão colorado acaba na metade de 2015 e no final deste ano o meia já fica livre para acertar um pré-contrato com qualquer outro clube.

D’Alessandro, hoje com 33 anos, já demonstrou interesse em permanecer atuando pelo Inter. Em entrevista exclusiva ao Terra, o argentino falou sobre o seu futuro no Inter e também sobre a sua participação como uma das lideranças do Bom Senso FC. O meia também elogiou a atitude dos jogadores do Grêmio Barueri ao realizarem greve e acredita que os jogadores brasileiros ainda não estão prontos para deixar de concentrarem antes das partidas.

<p>Capitão D'Alessandro é um dos ídolos do Internacional</p>
Capitão D'Alessandro é um dos ídolos do Internacional
Foto: Alexandre Schneider / Getty Images
Confira na íntegra a entrevista com D'Alessandro:

Terra – O seu contrato com o Inter acaba na metade de 2015 e você já disse que quando for parar de jogar você quer parar atuando pelo River Plate. Este pensamento mudou nos últimos meses?

D’Alessandro –

Falar no Inter traz uma emoção muito grande, pensar em morar em Porto Alegre é uma questão emocional. Tenho uma relação de pele com o Inter, vamos ver o que vai acontecer daqui para frente. O meu objetivo sempre é em curto prazo, temos um trabalho difícil a ser feito no Campeonato Brasileiro, mas eu penso no futuro também, penso na minha renovação se vai acontecer ou não também.

Terra - Mas existe alguma dúvida sobre a sua permanência no Inter para os próximos anos?

D’Alessandro –

Não sei, ainda tem muita coisa a ser feita ainda. A minha intenção é ficar no Inter. Em algum outro momento o River tinha uma outra força dentro da minha consciência, não que não tenha hoje, mas na medida em que vai passando o tempo, os dias, meses, a idéia de ficar aqui no Inter vai ficando cada vez mais forte.

Terra - No teu coração hoje o Inter está com mais espaço que o River Plate?

D’Alessandro -  

São muitos anos, muitas coisas. Eu não esqueço do River, foi o clube que me revelou e me deu uma tranqüilidade econômica quando eu mais precisava, mas o Inter acaba sendo um dos clubes mais importantes da minha carreira. Vamos ver o que acontece daí pra frente, mas a minha idéia esta guardada na minha cabeça e eu sei qual é a minha intenção.

Inter treina para enfrentar o Bahia pela Copa Sul-Americana:
Terra – Você é também uma das lideranças do Bom Senso FC e recentemente os jogadores do Grêmio Barueri, que disputam a Série C do Brasileiro, realizaram uma paralisação por falta de pagamento. Você acha que isto pode acontecer na primeira divisão? Um time ficar sem jogar por falta de pagamento?

D’Alessandro –

Acho que pode. Temos que destacar o Grêmio Barueri, eles tiveram uma personalidade muito forte para fazer isto. Não é fácil fazer isto na Série A, imagina na Série C. Uma equipe que não recebe salário e imagem, atletas que recebem dois mil reais por mês e ficam quatro meses sem receber salário. Eles tiveram um caráter muito grande e isto é o começo. Não sei se é o melhor caminho, mas isto pode voltar a acontecer também na Série A. Aos poucos e com a nossa força nos podemos mudar alguma coisa.

Terra – Alguns clubes, entre eles o Inter, estão mudando a rotina em relação as concentrações. Muitas vezes os jogadores dormem em casa na véspera do jogo e se apresentam para almoçar na concentração. O Botafogo fez isto no ano passado. Você acha que é uma tendência as concentrações acabarem?

D’Alessandro –

Isto vai de cada treinador e de cada clube, é uma forma de trabalho. Na Inglaterra eu não concentrava nunca quando se jogava em casa, faz parte da cultura. Isto tem dois lados, acho que aqui no Brasil não tem como fazer isto ainda, acho que os jogadores não estão preparados mentalmente para não concentrar antes do jogo.

Terra – No Inter está funcionando?

D’Alessandro –

São formas de trabalho. O Abel tem esta forma de trabalhar, ele fez assim no Fluminense. Mas em um contexto geral, falando dos jogadores argentinos e brasileiros, eu acho que o atleta não esta preparado para não concentrar. Nós temos que ser mais profissionais, o atleta é profissional mas precisa mais para chegar a este ponto de não concentrar e ter esta consciência. É cultura, na Argentina é a mesma coisa, vai levar muito tempo para mudar, mas tomara que mude. Hoje é mais uma coisa pessoal dos treinadores e da confiança que eles tem no grupo de trabalho.

Fonte: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especial para o Terra
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