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Futebol Internacional

Inter exalta um ano de caminho "imortal" e vê herói Roth no rival

18 ago 2011 - 17h58
(atualizado às 18h51)
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O Inter comemora nesta quinta-feira o primeiro aniversário do título Copa da Libertadores 2010. Ao lado do time durante toda a campanha, o ex-diretor Fernando Carvalho, considerado por muitos o maior dirigente da história do clube, empolga-se ao falar da conquista e cita até o termo imortal, ligado ao rival Grêmio, quando recorda a caminhada.

"Contra o Estudiantes (nas quartas de final), nós tivemos um jogo imortal. Até o último minuto, nosso adversário comemorava a classificação, a torcida jogava foguetes em campo, quando fizemos o gol com o Giuliano, foi indescritível", disse.

Nesta data festiva do Internacional, o Grêmio é citado novamente por contar atualmente em seu departamento de futebol com o trabalho de Celso Roth, comandante na reta final da Libertadores 2010. Mas Fernando Carvalho minimiza a decisão do treinador em ir justamente para o maior rival.

"O Celso é um grande profissional, tenho admiração pelo seu trabalho, não muda estar no Grêmio. Quando saiu do clube, eu já estava fora da diretoria e me posicionei contrário a essa demissão, mesmo informalmente. É grande profissional", explicou o eterno dirigente, que destacou a simplicidade de Roth.

"O maior mérito foi armar um esquema de acordo com as características dos jogadores. (Sob o comando de Jorge Fossati), vínhamos no esquema 3-5-2, era um futebol arrastado, lento. Ele colocou o Taison no time, posicionou o Tinga como um meia que chegava aos atacantes, o Sandro foi fixado como primeiro volante. Na recuperação da bola, o time passou a ter muita velocidade", emendou Carvalho.

A campanha na Libertadores começou de forma segura. Sob o comando de Fossati, enfrentou na primeira fase dois rivais equatorianos (Emelec e Deportivo Quito) e um uruguaio (Cerro). Obteve a classificação em primeiro lugar, com três vitórias e três empates.

O Internacional percebeu que a imortalidade na Libertadores seria provada a partir da etapa de mata-mata, quando obteve classificações três vezes seguidas pelo desempate nos gols marcados fora de casa. Nas oitavas, perdeu o jogo de ida por 3 a 1 para o Banfield, na Argentina, e deu o troco em casa: 2 a 0. Nas quartas de final, a maior emoção. Superou o Estudiantes em casa por 1 a 0 e, na revanche, vinha perdendo por dois gols de diferença até marcar com Giuliano no último minuto de jogo.

Após a fase de quartas de final, a Libertadores entrou em recesso. O Inter aproveitou a pausa e trocou de técnico. Fossati não suportou as críticas pelo futebol pouco empolgante e cedeu lugar a Celso Roth. "O time ganhava, mas claudicava e não jogava bem. Os jogadores não conseguiam render na plenitude. O sistema do treinador não se adequava às características dos jogadores. Resolvemos trocar depois de um jogo contra o Vasco no Campeonato Brasileiro. O Inter teve um jogador expulso, estávamos vencendo por 2 a 0 e demos chance para o Vasco virar", justificou Fernando Carvalho.

Sob o comando de Roth, o Inter mudou da "água para o vinho". Na volta da Libertadores, o time tinha consistência ofensiva e velocidade nas jogadas ofensivas. Nas semifinais, derrubou o favorito São Paulo novamente com uma vitória em casa (1 a 0) e uma derrota fora (2 a 1). "O Celso treinou muito bem o time contra o São Paulo. Havia muito tempo que o Inter não mostrava aquele futebol. Atuamos melhor nos dois jogos", disse.

Na decisão, o Internacional manteve o nível elevado em campo e venceu o Chivas, do México, duas vezes. Fernando Carvalho reconhece, contudo, que o final feliz chegou a ser considerado improvável antes da chegada de Celso Roth.

"Em algum momento, julgamos que não chegaríamos ao título. Trocamos a comissão técnica, teve a parada para a Copa do Mundo e as coisas se ajeitaram. O Celso Roth teve um grande papel naquele título", explicou o ex-presidente.

No Internacional, a semana também marcou a comemoração da outra conquista da Libertadores - nesta terça-feira completou cinco anos da vitória de 2006. "Nós somos o time com mais conquistas internacionais nos últimos dez anos", disse Fernando Carvalho.

Presidente de honra do Inter, Fernando Carvalho é muito querido pelos torcedores
Presidente de honra do Inter, Fernando Carvalho é muito querido pelos torcedores
Foto: Tárlis Schneider/Agência Freelancer / Divulgação
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