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Futebol Internacional

Para pai de Damião, não há dinheiro que compre seu filho

25 ago 2011 - 08h45
(atualizado às 09h07)
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"Esse é o cara". A frase é de Bolívar, capitão do Internacional, para apresentar Leandro Damião antes da entrevista coletiva do centroavante. A frase do zagueiro é precisa. O atacante foi peça fundamental para a conquista da Recopa Sul-americana, na quarta-feira. Ele foi autor de dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Independiente. No jogo de ida, na Argentina, Damião havia deixado sua marca na derrota por 2 a 1.

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Seus números se tornam cada vez mais expressivos. São seis jogos seguidos indo às redes. Seus chutes, das mais variadas formas, vazaram os goleiros em 34 oportunidades em 2011. Ninguém marcou mais gols do que ele no Brasil esse ano.

Estatísticas tão expressivas fazem os olhares do mercado europeu crescerem. As cifras, as especulações, nada disso parece mexer com sua cabeça. "Em São Paulo, eu jogava por amor. Estou bem tranquilo nessa parte de dinheiro. Quero estar jogando e ajudando", afirmou ao lembrar no momento de glória os tempos no futebol de várzea.

Ladeado pelo troféu da Recopa e pelo seu pai, Natalino, o popular "Seu Bigode", Damião abria um sorriso de orelha a orelha para responder as perguntas. Podem aparecer as libras oferecidas pelo Tottenham, os euros de qualquer clube europeu ou um milionário russo disposto a esvaziar os bolsos para ter Damião. Nada disso atingirá o valor do centroavante.

"Não tem dinheiro que pague. Não tem preço", brincou Natalino. "Tenho muito orgulho", afirmou sem esconder a satisfação pelo momento.

Leandro Damião é um jogador à moda antiga. Sua elegância para marcar gols parece vir de uma época em que se ficavam muitos anos no mesmo clube, a bola era branca, as chuteiras calçadas pelos jogadores pretas e as fotografias não tinham cor. Mas Leandro Damião é, ao mesmo tempo, um jogador moderno, de preparo físico invejável, forte para receber trombadas e cujo futuro será em um clube no exterior.

Ao término do jogo, o presidente do clube colorado, Giovanni Luigi, assegurou que tanto o camisa 9 como Oscar não serão vendidos nesta janela de transferências. Damião pouco se importa, ele quer curtir o momento. "Estou tranquilo. Se sair vai ser para uma grande equipe. Isso depende do empresário e do presidente. Eles sabem o que querem. Não tenho intenção de sair", garantiu.

Essa é a segunda temporada do jogador como atleta profissional. Pouco tempo, ainda mais se comparado com suas conquistas. Campeão da Libertadores e da Recopa, Damião deixou sua marca nas duas decisões e chegou à Seleção Brasileira.

"A felicidade é muito gigante. Desde a Libertadores foi um momento raro. Na Recopa saber que se estará em campo e poder ajudar é importante. Os méritos são da equipe", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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