Presidente da FGF minimiza possível racismo contra Fabrício
O lateral esquerdo Fabrício se revoltou com as vaias que recebeu durante a partida entre Internacional e Ypiranga e ofendeu a torcida colorada no Beira-Rio exibindo o dedo do meio e arremessando sua camisa no gramado. Entretanto, o caso ganhou novos tons depois que vídeo de torcedores da casa enfurecidos com a atitude do atleta mostra um dos fãs aparentemente chamado o jogador de "macaco".
As imagens são inconclusivas, mas para o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto, não há motivo para que o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) ofereça denúncia. O órgão de Justiça ainda vai analisar o vídeo, que passará por perícia.
O presidente da FGF explicou que ainda não viu as imagens, mas, comparando a situação ao caso de racismo flagrante contra o goleiro Aranha, em duelo entre Grêmio e Santos na Copa do Brasil de 2014, considerou que neste caso há o risco de que ocorra exagero.
"Ali fizeram muito barulho também e crucificaram a menina. É compreensível a reação do torcedor, que estava de cabeça quente com o Fabrício pela atitude que ele teve. Todo dia morrem 15 negrões por aí e ninguém se preocupa", disse Noveletto em entrevista à Rádio Guaíba.
Então jogador do Santos, Aranha denunciou gritos racistas na Arena do Grêmio. A equipe gaúcha acabou eliminada da Copa do Brasil por conta do caso, e a gremista Patrícia Moreira, que foi flagrada chamando o goleiro de "macaco", foi a torcedora cuja imagem mais repercutiu.
No caso de Fabrício, o xingamento teria ocorrido após a expulsão. O lateral esquerdo foi suspenso pelo Internacional, que ainda estuda o que fazer com o atleta. A tendência é que não se dê a demissão por justa causa.